Vereadora Myrella Soares pede explicações ao prefeito após ser atacada nas redes sociais pela diretora Fernanda Cavalheiro, cargo de confiança de Abelardinho

Vereadora Myrella Soares pede explicações ao prefeito após ser atacada nas redes sociais pela diretora Fernanda Cavalheiro, cargo de confiança de Abelardinho
Vereadora Myrella Soares pede explicações ao prefeito após ser atacada nas redes sociais pela diretora Fernanda Cavalheiro, cargo de confiança de Abelardinho
Vereadora Myrella Soares pede explicações ao prefeito após ser atacada nas redes sociais pela diretora Fernanda Cavalheiro, cargo de confiança de Abelardinho
Vereadora Myrella Soares pede explicações ao prefeito após ser atacada nas redes sociais pela diretora Fernanda Cavalheiro, cargo de confiança de Abelardinho

A vereadora Myrella Soares (União Brasil) endereçou requerimento ao Prefeito Municipal de Bariri, Abelardo Maurício Martins Simões Filho (MDB), pedindo explicações por conta da conduta da Diretora de Administração Pública Fernanda Cavalheiro Rossi. Na última semana, Fernanda, além da primeira-dama Anai Padovani Simões e do chefe de gabinete Paulo Egídio Grigolin, responderam uma publicação de Myrella que corrigiu uma informação errada sobre o Poupatempo Bariri publicada no perfil pessoal de Abelardinho.
No post em questão, Abelardinho define a entrega do Poupatempo, realizada semana passada, como “um presente da administração Abelardo-Foloni para Bariri”. Na sequência, o prefeito continua dizendo que “a abertura do Poupatempo Bariri foi um compromisso assumido na campanha eleitoral”. Para finalizar, Abelardinho ainda atribui a conquista do Poupatempo aos deputados Baleia Rossi e Jorge Caruso, ambos do MDB, mesmo partido político do prefeito. 
As informações foram rebatidas por Myrella, que comentou na publicação expondo o verdadeiro nome por trás da instalação do Poupatempo em Bariri: a ex-vice-prefeita Maria Pia Bete Pio da Silva Nary. A vereadora também lembrou que o Poupatempo sequer fora mencionado  no plano de governo do então candidato. 
Com isso, Anai, Grigolin e Fernanda saíram em defesa do prefeito, contra Myrella, nos comentários. A Diretora de Administração, no entanto, prolongou a discussão com a vereadora, dizendo até mesmo que “não devia satisfações” a ela.
“Considerando cópias dos prints em anexo da plataforma digital Facebook, onde a diretora de administração, ao defender um comentário da vereadora subscrevente, em uma publicação do excelentíssimo senhor prefeito, na função de esclarecer a população sobre uma inverdade publicada por ele (...). Considerando que cabe ao Legislativo fiscalizar e controlar os atos do poder Executivo, inclusive os da administração descentralizada, logo a citada diretora desmerece o poder fiscalizatório desta Casa de Leis, uma vez que diz não ter que dar satisfações à vereadora subscritora. O que vimos foi uma defesa desproporcional de um agente político, no caso prefeito, pela diretora que exerce cargo de confiança nomeada por ele, proferindo insinuações descabidas direcionadas a vereadora subscrevente”, diz o requerimento.
Na sequência, Myrella faz os seguintes questionamentos à Abelardinho: “ Ante o exposto, requeiro que o excelentíssimo senhor prefeito informe o seguinte: 1-) Os diretores municipais nomeados não têm que dar satisfação de seus horários e trabalhos a esta Casa? 2-) os diretores municipais estão autorizados ou instruídos a defender o excelentíssimo prefeito em suas redes sociais em detrimento aos vereadores desta Casa de Leis? 3-) O excelentíssimo prefeito concorda com as frases proferidas por sua diretora na publicação de sua página pessoal? 4-) Qual medida será adotada diante desse comprovado ato de desrespeito com essa vereadora e, consequentemente, com o Poder Legislativo?”.
Na deliberação do requerimento, que foi aprovado por unanimidade, a vereadora utilizou um projetor para exibir no Plenário os posts ofensivos. Com uma cópia do Plano de Governo Abelardo-Foloni nas mãos, a vereadora comprovou que o Poupatempo não estava citado no documento, diferentemente do que fora veiculado pelo prefeito. 
“O Poupatempo não foi um compromisso de campanha do prefeito e ele é ciente disso. Tenho aqui uma cópia do plano de governo do prefeito Abelardo. As pessoas podem procurar de fio a pavio que não tem nenhuma promessa de compromisso nenhum de Poupatempo vindo dele. É uma mentira. O agente público, o prefeito da cidade não pode colocar uma mentira em uma rede social, que as pessoas, muitas vezes leigas, interpretam aquilo como verdade. Durante a campanha dele, uma campanha feita em cima de mentiras e coisas descabíveis com a então candidata Maria Pia, eles falavam pela cidade que o Poupatempo era uma mentira da Maria Pia, uma ilusão da cabeça dela. Como eles podem dizer que é uma mentira da adversária que está concorrendo com eles, e depois, quando tem a realização do Poupatempo, coloca que é um compromisso de campanha?”, questionou a parlamentar.
Myrella disse que também mandou uma mensagem particular para Abelardinho sobre o assunto após a polêmica. 
“Ele poderia dizer que foi um equívoco e vida que segue. Mas eu não vou ficar simplesmente calada diante de uma mentira. Por isso, escrevi a correção no post dele. Ele mesmo poderia ter respondido. Eu não tenho que bater palmas para o Abelardo; não devo nada para ele, não fui eleita por ele. Se ele tivesse respondido o que eu coloquei e tivesse tomado uma atitude de homem, simplesmente não tinha dado esse problema todo. Agora, colocar as mulheres para brigarem comigo é muito feio e muito covarde. E ainda a diretora de administração. Quem são os vereadores senão os fiscalizadores do Poder Executivo? Quem é o Poder Executivo senão o prefeito e seus diretores? Como ela pode dizer que não deve satisfações? É obvio que ela deve. Sou uma vereadora eleita igual a todos os vereadores eleitos aqui dentro, ela gostando de mim ou não. Ela tem todo o direito de defender o prefeito. O que ela não pode fazer é afrontar a Casa de Leis”, disse a vereadora se referindo à Fernanda Cavalheiro Rossi.
Myrella recebeu apoio de todos vereadores. “Uma vez ofendido um vereador desta Casa de Leis, a pessoa ofende todos os vereadores. A pessoa tem que estar à altura da dignidade do cargo que ocupa, nem mais, nem menos. A função do vereador é fiscalizar. O vereador pode, inclusive, convocar diretores para prestar esclarecimento nesta Casa. A pessoa fala que não morre de amores por políticos, mas com tanto lugar para trabalhar, não sai da prefeitura. Temos que repudiar a pessoa errada. Gostaria que a vereadora Myrella colocasse à disposição de todos os vereadores, para que assinassem esse requerimento também”,  disse o presidente da Câmara, Airton Pegoraro (MDB). 

“Ainda estão trocando as fraldas do 
nosso prefeito”, diz Edcarlos Santos
Em apoio a Vereadora Myrella Soares, Edcarlos Santos (PSDB) também repudiou a situação e sugeriu a adoção de medidas jurídicas contra a atitude da diretora Fernando Cavalheiro Rossi.
“Me solidarizo contigo Myrella. Vocês jamais verão a minha esposa sair em minha defesa, seja contra um vereador ou contra qualquer outra pessoa. Primeiro por que eu sou homem e não um moleque. Essas ações só mostram o bebe que nós temos sentado na cadeira do Executivo, onde a mãe precisa vir defender; onde a esposa precisa sair na defesa. Ainda estão trocando as fraldas do nosso prefeito. Prefeito este que a população colocou e que está totalmente perdido. O ato de covardia não se satisfaz só em te atacar, mas a estratégia de colocar mulheres para sair na defesa do prefeito, porque ele não tem coragem de fazer isso. Vereadora, espero que possamos encontrar o meio jurídico para que essa diretora seja punida de acordo com a lei. Ela está ganhando mais de R$ 7 mil por mês, para ir para as redes sociais tirar sarro de uma vereadora, e nada acontece?”, questionou Edcarlos.

“Os soldados apadrinhados da administração estão mostrando as carinhas no Facebook”, diz Leandro Gonzalez
O vereador Leandro Gonzalez (Podemos) também manifestou apoio à Myrella Soares. Leandro relembrou, inclusive, que a diretora Fernando Cavalheiro Rossi teve um cargo público exonerado pela Justiça durante a administração Neto Leoni, por estar irregular. 
“Também presto apoio à vereadora Myrella. Sabemos que, em determinado momento, se a senhora não tivesse cobrado, o Poupatempo não seria realidade hoje. Deve ser difícil para essa pessoa se sujeitar a situações assim por causa de emprego. Por causa de R$ 7 mil, ela tem que ser um soldado. Os soldados apadrinhados da administração estão mostrando as carinhas no Facebook; estão vindo a todo vapor em defesa da administração. Mas a administração não é o povo; é interesse pessoal e salarial. Essa prática dessa diretora já é uma prática corriqueira. Na época do ex-prefeito Neto Leoni, quando entramos com uma ação pedindo para exonerar os comissionados que estavam irregulares, essa pessoa também estava no pacote e, de repente, se viu revoltada na internet, chamando vereadores de quarteto fantástico. Não ligue para essas pessoas que ficam se sujeitando a isso por conta de emprego, vereadora. Elas não tem autonomia própria e ficam mamando na administração”, disse Leandro.