Vereadores falam sobre preços abusivos praticados no Bariri Rodeio Show

Segundo o presidente da Câmara, Airton, a arquibancada teve poucos lugares em comparação a edições anteriores do evento

Vereadores falam sobre preços abusivos praticados no Bariri Rodeio Show
Airton Pegoraro e Leandro Gonzalez falaram sobre o elitismo do evento - Foto: Lucas Manzutti
Vereadores falam sobre preços abusivos praticados no Bariri Rodeio Show

O Bariri Rodeio Show chegou ao fim, mas a repercussão negativa do evento foi reverberada na sessão ordinária, realizada segunda-feira (19), pelos vereadores Airton Pegoraro (MDB) e Leandro Gonzalez (PODE), que falaram sobre a prática abusiva nos preços de bebidas e alimentos vendidos durante o evento. Uma lata de cerveja, de 350 ml, chegou a custar R$ 13. 
Segundo o presidente da Câmara, Airton, a arquibancada teve poucos lugares em comparação a edições anteriores do evento. Ele reclamou da falta de acessibilidade para pessoas com menor poder aquisitivo. 
“A festa é paga por nós. É paga por todos. O pobre não vai em camarote; o pobre vai em arquibancada, principalmente, no dia que é de graça que sai do bolso de todo cidadão dessa cidade. Qual era o tamanho da arquibancada destinada à população nessa festa do peão? Segundo me informaram, não estive presente, 600 pessoas. Nós já tivemos arquibancada aqui de 5 mil. Para comprar uma água, para comprar um alimento, muitas vezes as crianças que querem mais isso, jovens, adolescentes não são pessoas da minha idade, mas, essas pessoas tinham 600 lugares para desfrutar dessa festa que saiu do bolso deles. Eu acho isso, no mínimo, injusto”, desabafou.
Por ter tido uma das atrações paga pelos cofres públicos, Leandro Gonzalez, questionou a falta de contrapartida para a população e levantou a questão sobre a distribuição de convites a pessoas indicadas pelo prefeito. 
“A gente tem que procurar ganhar com eventos que são criados aqui e não perder dinheiro. O povo carente que quer participar do evento acaba se deparando ali com uma cerveja a R$ 12. Tem que haver um bom senso. Como uma família vai levar seus filhos para assistir? Chega lá uma criança que tem vontade das coisas, como vai fazer? Uma garrafa de água, um refrigerante? Tem que ter o bom senso, e dá para contornar essa situação. A gente sabe, nesses eventos de festa do peão, o que se distribui de convites para os amigos. É só você olhar como o camarote da festa é feito; na maioria ali, é os indicados, os puxa-sacos do prefeito”, explanou Gonzalez.