Voluntários se unem para resgatar e alimentar animais vítimas das queimadas florestais entre Dourado e Bocaina

Um grupo de voluntários de ONG se uniu para uma força tarefa que está resgatando animais vítimas das queimadas que atingiram áreas entre os municípios de Dourado e Bocaina no último final de semana.
A entrada da cidade ficou fechada 24h devido às chamas intensas no entorno da Rodovia Luís Augusto de Oliveira (SP-215). A paisagem cinza refletia a destruição nas amplas áreas de vegetação onde os animais eram resgatados.
O grupo trabalha no resgate por dias e conta com a ajuda da Defesa Civil. Um veterinário também fica de prontidão para dar assistência necessária. Moradores locais que conhecem a região também ajudam a equipe nas incursões da área completamente queimada.
Nos carros de apoio, há uma estrutura com caixas de transporte de animais, água e frutas como banana e mamão. 

“Vamos fazer uma varredura na área fria, onde o fogo já foi extinto. Nós vamos buscar animais silvestres vítimas do incêndio. Quando avistamos animais e vemos que não estão machucados não perseguimos o animal, o deixamos seguir caminho. Nesta fase não tem mais o que comer e deixamos os alimentos, próximos aos córregos, açudes e rios. Os animais conhecem os locais que tem água”, explica o voluntário Alex Parente em entrevista ao G1.

O grupo presta atenção a todo barulho e movimento na mata atrás de algum animal e também com cuidado para evitar quedas de árvores e galhos queimados.
Uma cotia e um veado foram vistos, mas o grupo não conseguiu enxergar se estavam machucados. No caminho foram encontrados um gato queimado que foi resgatado, além de pássaros e morcegos carbonizados.
Um lobo guará resgatado pela equipe no bairro rural Pedro Alexandrino, em Bocaina, infelizmente não resistiu e veio a óbito segunda-feira (26). O animal estava em grave, com os quatro membros e todo a face queimadas, com o risco de perder a visão. Ele passou por cirurgia, mas devido ao estado muito debilitado, se tornou mais uma vítima fatal das queimadas.