Artista paulistana Matriarcak ministra workshop de poesia na Associação Escolinha de Skate de Bariri

Artista paulistana Matriarcak ministra workshop de poesia na Associação Escolinha de Skate de Bariri

As crianças e adolescentes atendidas pelo projeto social Associação Escolinha de Skate de Bariri participaram de uma atividade diferente nesta semana. Segunda (11) e terça-feira (12), os alunos acompanharam um workshop de poesia ministrada pela paulistana Matriarcak.
Durante a atividade, Matriarcak orientou sobre poesia urbana, vocabulário, literatura, construção textual e experiências pessoais. A ação foi realizada na Praça do Skate, no Núcleo Habitacional Domingos Aquilante, em Bariri. 
Matriarcak é Assistente de Direção, Arte Educadora, criadora de conteúdo digital e autora de “Alice no País da Periferia”, seu último livro. Também é Campeã do Torneio dos Slams e Bicampeã Estadual Slam SP. Estudou música na Oswald de Andrade e artes cênicas no teatro Commune, coletivo teatral na capital paulista.
A atividade foi viabilizada por meio de recursos oriundos da “Emenda Impositiva”, que irá completar todo o plano de trabalho elaborado previamente por membros da Associação Escolinha de Skate.
Além do workshop de poesia, o plano de trabalho do projeto social contempla curso de fotografia, confecção de uniforme para os alunos e oficina de break. Todas as atividades são gratuitas. 

 

Slam: poesia, educação e protesto

Slam (ou Poetry Slams) são batalhas de poesia falada que surgiram nos anos 1980 nos Estados Unidos. Muitos chamam de “esporte da poesia falada”. A palavra “Slam” é uma onomatopeia utilizada no inglês para representar algo como um bater de palmas.
O que ocorre em um Slam é semelhante ao que acontece nos saraus, porém com algumas regras simples: Poesias autorais (decoradas ou lidas na hora) de até três minutos; Proibição da utilização de figurino, cenário ou instrumento musical; São escolhidos, aleatoriamente, cinco jurados na plateia que serão os responsáveis por dar notas de zero a dez. Leva a competição aquele que tiver a maior nota.
No Brasil, o Slam chegou em 2008, por intermédio da artista Roberta Estrela D’Alva, através do ZAP! Slam (Zona Autônoma da Palavra) na cidade de São Paulo. Não demorou para que viesse então o Slam da Guilhermina, que ocorre na periferia de São Paulo, lado leste do mapa, e tantos outros que foram surgindo, como: Slam Capão, Slam da Norte, Slam Paz em Guerra, Slam Resistência, Slam Caruaru, dentre muitos outros.