Baririense protocola na câmara pedido de cassação de mandato do prefeito Abelardo Simões; denúncia cita Operação Prenunciado, perdão de dívida tributária da Jaupavi e outros escândalos da gestão
Foi protocolado, na tarde desta quinta-feira (02), na Câmara Municipal de Bariri, um pedido de cassação de mandato do Prefeito Municipal de Bariri, Abelardo Maurício Martins Simões Filho (MDB).
A expectativa é que o documento seja lido na íntegra na sessão ordinária da próxima segunda-feira (06). Protocolada por um cidadão baririense, a denúncia alega que Abelardinho cometeu “infração político-administrativa, passível de sanção de perda de mandato”.
Em resumo, o denunciante cita possível negligência do prefeito em relação às licitações fraudulentas, cujos contratos foram celebrados entre empresários e Prefeitura de Bariri (conforme exposto através da Operação Prenunciado).
“Os relatos das conversas publicadas do celular apreendido de Gabriel de Mello Ferrari em conversas trocadas com Vagner Mateus Ferreira, demonstram que eles exerciam uma ligação muito grande com o prefeito, o qual era apelidado de “Bela”, um diminutivo do primeiro nome do alcaide mostrando enraizamento de uma estrutura criminosa ao lado da mesa do gabinete do prefeito municipal, no intuito de montar uma operação de favorecimento pessoal de uma quadrilha para desvio de recursos públicos com pessoas que se articulam para fraudar licitações privilegiadas”, alega o denunciante.
Na sequência, o texto lembra que “Vagner Mateus Ferreira, preso na Operação Prenunciado, foi um dos grandes, e quiçá o maior, protagonista da campanha de Abelardinho e Fernando Foloni nas eleições de 2020”.
Continua afirmando que Vaguinho “tinha livre trânsito no gabinete do denunciado (Abelardo) e em todas as repartições do Paço Municipal ao longo da atual gestão, especialmente na Sala de Licitações e nos setores que se tornaram palco da própria motivação que o levou ao cárcere”.
Além dos desdobramentos da Operação Prenunciado, a denúncia também toma como base a dívida tributária referente aos anos de 2019, 2020 e 2021, que a empresa Jaupavi Terraplanagem possuía com a Prefeitura Municipal de Bariri. O valor milionário foi “perdoado” pela gestão Abelardo Simões com aval do ex-diretor de Obras Giuliano Griso O caso também foi alvo de inquérito do Ministério Público, que abriu procedimento oficialmente em 27 de abril de 2022, conforme noticiado na Edição 2013 do Jornal Noticiantes.
“Perdão ilícito de dívida fiscal de dívida milionária da empresa Jaupavi Terraplenagem e Pavimentação Ltda, referente ao IPTU no terreno onde estavam localizadas as torres de transmissão da Bariri Rádio Clube, considerando-se o valor de mercado do imóvel apurado em perícia judicial (Objeto do Inquérito Civil)”.
Por fim, a denúncia ainda cita outros escândalos políticos da administração, como a contratação de empresas para o custeio de toda infraestrutura do Bariri Rodeio 2022 com recursos públicos, além das 150 contratações irregulares de terceiros que burlaram concurso público. Ambos os casos também tiveram intervenção do Ministério Público.
“Tais condutas configuram ainda atos incompatíveis com a dignidade e o decoro do cargo, à luz do art. 4º, inciso X, do Decreto Lei 201/67, visto que o chefe do Poder Executivo feriu os padrões éticos e morais, necessários ao prestígio do mandato”, conclui o documento.
O denunciante solicita que os vereadores utilizem “dispositivos legais aplicáveis, visando a cassação do mandato do Prefeito Municipal de Bariri por configurar infrações político-administrativas”.
A página oficial do Facebook do Jornal Noticiantes transmitirá a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Bariri, que acontece na próxima segunda-feira (06), a partir das 19h.
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