“Bebedouro está entupido de pena e fezes”, diz aluno da Ephigênia; Poda de árvores ou iluminação seriam soluções para conter infestação de pombos

“Bebedouro está entupido de pena e fezes”, diz aluno da Ephigênia; Poda de árvores ou iluminação seriam soluções para conter infestação de pombos

Alunos da Escola Estadual Profª. Ephigênia Cardoso Machado Fortunato continuam mandando denúncias e relatando a situação do prédio da unidade escolar, tomado por fezes de pombos, à reportagem do Noticiantes. 
Nesta semana, recebemos uma imagem que mostra um dos bebedouros da escola. Segundo o adolescente que enviou a denúncia e preferiu não se identificar, a estrutura entope regularmente devido ao grande volume de pena das aves. 

“A escola está numa situação precária e não é de hoje. Não estamos conseguindo beber água no bebedouro; tem muita sujeira e está entupido de pena de pombo. Vira e mexe está com fezes de pombo pelo bebedouro também”, conta o aluno.


Outros relatos comentam sobre o cheiro que os excrementos das aves exalam por toda a escola. Os estudantes dizem que alguns jovens chegaram inclusive a passar mal por conta do odor. Eles dizem que os alunos pisam nas fezes na entrada da escola, e acabam espalhando o conteúdo pelas salas de aula.


 Em nota enviada à nossa reportagem, a direção da unidade escolar diz que levou o caso à Prefeitura de Bariri, por meio do Setor de Meio Ambiente, e também à Vigilância Sanitária. Segundo o comunicado, as aves se alojam em colônias nas árvores que cercam o prédio da escola. Por conta disso, uma das soluções viáveis seria um serviço de poda.
A diretora alega que, apesar das solicitações, a Prefeitura de Bariri barrou o serviço de poda. Sem saída, uma empresa privada de controle de pragas foi acionada e realizou vistoria no local, mas atestou que não há repelentes que detém pombos.

“As funcionárias lavam todos os dias, mas infelizmente não resolve, pois além do piso os galhos das árvores ficam impregnados de excrementos”, explicou a diretora.

 

O que diz a Vigilância Sanitária?

Ao Noticiantes, a Vigilância Sanitária de Bariri disse que realizou inspeção na escola em agosto, atendendo solicitação da direção. 
Constatando que a solução seria acabar com os abrigos dos animais (árvores), a vigilância encaminhou ofício a Prefeitura Municipal, através do Setor de Meio Ambiente, em 12 de agosto, sugerindo a poda das árvores.
A vigilância também alertou sobre as doenças transmitidas por pombos, como histoplasmose e criptococose, transmitidas através da inalação de poeira resultante de fezes secas contaminadas por fungos ou bactéria.

 

O que diz o Setor de Meio Ambiente?

Também entramos em contrato com Luis Cocia, chefe do Setor de Meio Ambiente de Bariri, que enviou a seguinte nota:

“Estamos estudando uma solução. A poda seria melhor opção, mas a legislação está muito rígida em relação a poda. Muitos chamam de drástica, mas, na realidade, essa modalidade de poda não existe e não é autorizada. Então, estamos estudando todas as opções para não fazer as árvores sofrerem com a poda”.

Cocia ainda completou dizendo que, nesta semana, uma equipe composta por engenheiro agrônomo e outros profissionais irão fazer uma visita técnica na escola para analisar a situação.

“Também estamos estudando outras sugestões, como iluminação. Se colocarmos uma grande incidência de luz, a tendência é as pombas não pousarem mais lá por conta da claridade. Estamos fazendo limpezas também em outras praças da cidade para tentar diminuir, mas acabar com a população de pombos é uma tarefa complicada”, finalizou.