Edcarlos expõe problemas causados por falta de organização e protocolos na Rede Básica de Saúde e Santa Casa
O vereador Edcarlos Santos utilizou a tribuna durante a Palavra Livre da sessão ordinária desta segunda-feira (06), para expressar preocupação com prejuízos e transtornos causados pela falta de organização e protocolos na Rede Básica de Saúde e na Santa Casa. Procurado por muitos munícipes que reclamam do atendimento, o nobre deu vários exemplos de situações que poderiam ser facilmente resolvidas através de pequenas mudanças no sistema de gerenciamento da Saúde Pública.
Segundo Edcarlos, o orçamento deste ano para a Saúde gira em torno de R$ 40 milhões, valor que é considerado baixo para atender a imensa lista de demandas da rede. No entanto, o vereador afirma que, com organização e protocolos corretos, é possível agilizar o atendimento em várias situações.
Como exemplo, Edcarlos falou sobre a situação de um jovem, morador do bairro Santa Helena, que sofreu acidente, quebrou o braço e procurou atendimento na Santa Casa. Dezenove dias depois de passar pelo pronto-socorro, o jovem foi encaminhado pelo sistema à Botucatu. Lá, o médico que o atendeu disse que o encaminhamento foi totalmente desnecessário, pois a condição dele teria que ter sido resolvida na própria Santa Casa. De volta à Bariri, o jovem procurou Edcarlos, voltou ao pronto-socorro acompanhado do vereador e finalmente foi internado para passar por cirurgia.
“Não era caso ambulatorial; era caso de internação. No pronto-socorro, se não houver protocolo para separar dor aguda ou dor crônica, vai dificultar o atendimento. Tem que mudar urgente os protocolos. A população está sofrendo, gemendo. Precisamos estabelecer uma dinâmica padronizada. O estado atende só algumas demandas. Quando lança no Sistema Cross Ambulatorial é mais demorado; quando você lança urgência é mais rápido. É só questão de organização”, disse o parlamentar.
Outro apontamento feito pelo vereador diz respeito aos médicos de especialidades contratados via licitação. De acordo com ele, tais profissionais só atendem no município em determinados dias marcados (definidos por eles próprios) e recebem apenas uma quantidade determinada de pacientes (número também determinado por eles próprios). Para Edcarlos, não é o médico quem tem que estabelecer data e quantidade de pacientes, mas o próprio município que está pagando pelo serviço.
“Se seu filho está precisando de um pediatra urgente na terça-feira, ele pode esperar até sexta-feira, quando o especialista vem, para ver se tem vaga? Falta organização. Não é só a situação de o dinheiro ser pouco; é saber estabelecer protocolos para que o povo não seja feito de trouxa. Só uma pessoa que está com dor sabe o sofrimento que é passar a dor”, finalizou o nobre.
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