Júri condena a mais de 30 anos de prisão assassinos de prefeito de Ribeirão Bonito
A Justiça condenou a 30 anos e oito meses de prisão os assassinos do prefeito de Ribeirão Bonito Chiquinho Campaner. A sentença foi definida na noite de quarta-feira (18) durante o julgamento que durou dois dias.
No julgamento foram ouvidas 25 testemunhas – entre eles o delegado Geraldo Souza Filho, que coordenou as investigações pela DIG de São Carlos, as duas vítimas que eram funcionário e amigo de Campaner, e os dois réus.
Campaner foi morto com quatro tiros em uma emboscada em uma estrada rural, em 26 de dezembro de 2019.
O empresário Manuel Bento Ribeiro Santana da Cruz e o vigilante Cícero Alves Peixoto devem cumprir a penas inicialmente em regime fechado.
O advogado assistente de acusação Arlindo Basílio disse que, com o resultado da condenação, tanto ele quanto a família entenderam que Justiça foi feita.
Procurado, o advogado Roquelaine Batista dos Santos, que defende o vigilante, informou que vai recorrer da sentença.
Cronologia do crime e investigação policial
• O crime aconteceu na tarde de 26 de dezembro de 2019. A Polícia Civil chegou até um dos suspeitos, o vigilante Cícero Alves Peixoto, de 56 anos, no dia 2 de janeiro. Peixoto confessou a participação, mas negou que tenha atirado no prefeito;
• Em depoimento, afirmou que o empresário do setor de transporte Manuel Bento Santana da Cruz teria atirado no prefeito;
• O motivo do crime seria o cancelamento de um contrato de transporte escolar e a falta de pagamento de serviços prestados à prefeitura, segundo a Polícia Civil. O empresário prestava serviço há mais de uma década e a empresa foi trocada. O contrato, segundo a polícia, era verbal;
• O empresário se entregou à polícia no dia 3 de janeiro e, em primeiro depoimento, negou envolvimento no assassinato do prefeito, segundo sua advogada;
• A Polícia Civil diz que os suspeitos contam versões divergentes e reafirma a participação dos dois, mas não divulgou o nome do autor dos disparos;
• No dia 30 de janeiro, a Justiça concedeu a prorrogação das prisões temporárias dos dois suspeitos;
• No dia 3 de fevereiro, o empresário mudou sua versão dos fatos e admitiu que estivesse no local do assassinato;
• No dia 7 de fevereiro, os dois suspeitos participaram de uma acareação e mantiveram as versões divergentes sobre quem atirou em Chiquinho Campaner em dezembro do ano passado;
• O inquérito policial foi concluído e relatado ao Ministério Público em 17 de fevereiro. De acordo com a Polícia Civil, o empresário do setor de transporte Manuel Bento Santana da Cruz foi quem atirou contra o carro do prefeito. A prisão preventiva dos dois foi decretada no dia seguinte.
Fonte: G1
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