Leandro repercute última atualização do Caso Latina e se revolta com esquema que excluía o serviço de limpeza em bairros carentes de Bariri

Leandro repercute última atualização do Caso Latina e se revolta com esquema que excluía o serviço de limpeza em bairros carentes de Bariri

O vereador Leandro Gonzalez (Avante) foi às redes sociais para comentar sobre as últimas atualizações do Caso Latina. Na última semana, o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), anexou um relatório aos autos do extenso processo, que revelou novas e importantes informações sobre o esquema que a gestão Abelardo-Foloni praticava com Paulo Ricardo Barboza, proprietário da empresa Latina Ambiental. 
Pela primeira vez, o nome de Eder Cassiola, ex-superintendente do Saemba, foi citado no Caso Latina. Com a quebra do sigilo telemático dos investigados, ficou comprovado que Edinho atuou ativamente na fraude licitatória, tendo contato direto com Paulo Ricardo Barboza e o funcionário da Latina em Bariri, José Francisco Pittia Junior (Junior Pittia).
As conversas via WhatsApp trocadas entre Barboza e Junior Pittia estão descritas no relatório assinado pelo promotor Nelson Aparecido Febraio Junior. O conteúdo ainda mostra que proprietário e funcionário da Latina Ambiental arquitetaram para retirar o funcionário de carreira do Meio Ambiente, Sincler Policarpo, da gestão do contrato, já que Sincler, durante o curto período de tempo que fiscalizou o serviço de limpeza pública, apontou inúmeras irregularidades praticadas pela Latina na cidade.
Outra novidade revelada neste documento foi o esquema de notas ficais frias que a Latina Ambiental possuía com a ajuda de uma paisagista prestadora de serviços da Prefeitura Municipal de Bariri. A mulher, citada nas conversas entre Paulo Barboza e Junior Pittia como “Daiane”, era orientada a emitir ordens de serviços com “relatórios imensos, enchendo muita linguiça”. Ou seja, dessa forma, a Latina superfaturava em valores expressivos, incluindo nas notas fiscais serviços, na realidade, nunca foram prestados.
Na publicação de Leandro, o vereador chama a atenção para as páginas 117 e 118 do relatório do Gaeco, nas quais a promotoria destaca uma troca de mensagens entre Paulo Ricardo Barboza e o ex-diretor de Obras, Marcio Nascimento. Em áudio encaminhado à Marcio, o dono da Latina argumenta que o serviço de limpeza não precisaria ser feito em bairros mais carentes da cidade, dando a entender que a população simples não iria perceber a falta do serviço.
“Mas aí quem vai determinar é você, você vai determinar onde você quer, entendeu? E aí você vai pegar os pontos da cidade. Não há necessidade de fazer varrição na zona, na área, é no subúrbio, no nos bairros afastados, isso aí ninguém vê, entendeu? O que tem que ser varrido é o centro, é o centro, os pontos específicos da cidade. E você que vai determinar isso, eu quero, eu vou te depois passar, é depois que a gente mandar o orçamento”, diz Paulo Barboza.

 

“Revolta e nojo são as reações naturais diante de tamanho descaso e desrespeito ao me deparar com as provas contidas no Relatório do Ministério Público que pessoas eleitas para servir ao povo se entreguem à corrupção, privando os cidadãos dos seus direitos básicos e da qualidade de vida que merecem.
Conversa entre dono da empresa que prestava serviço de limpeza pública e diretor de obras revelam o tratamento desprezível e desumano dispensado aos moradores de bairros carentes e afastados do centro da cidade durante o Governo Abelardinho-Foloni.
A situação em Bariri é um retrato fiel do que NÃO deve ser a gestão pública. É um alerta para que a população esteja atenta à eleição que se aproxima, elegendo representantes honestos, transparentes e compromissados com o bem-estar de todos, sem distinções ou privilégios.” – Leandro Gonzalez (Avante)