“O que será esse 5 mil?”: anotação em agenda do dono da Latina citando Itaju é questionada pelo vereador Juninho Lopes por suspeita de propina
O vereador Juninho Lopes (PL) durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal de Itaju, realizada segunda-feira (18), utilizou a tribuna e levantou questionamentos sobre as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), onde nos autos do processo constam ligações telefônicas entre o empresário preso preventivamente, Paulo Ricardo Barboza, proprietário da Latina Ambiental, com telefone da Prefeitura Municipal de Itaju.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Bariri, foi averiguado que Paulo Barboza utilizou o mesmo Modus Operandi em Itaju, no qual foi contratado como única empresa participante do certame. No dia 02 de fevereiro, o responsável pelo Setor de Obras e Serviços de Itaju, solicitou ao Setor de Licitações a realização de um processo licitatório para contratação de empresa especializada em limpeza pública.
Ainda segundo o MP, no mesmo dia do pedido, Paulo Barboza esteve em Itaju conforme levantado nas investigações por das quebras de geolocalização. O aparelho celular do empresário conectou em uma antena de telefonia localizada na rua da prefeitura e ainda fez ligação para sede da prefeitura.
Assim como no edital de Bariri, houve um excesso de detalhamento no termo de referência no documento de Itaju, onde houve uma exigência indevida, limitando a competição da licitação. O MP ressalta que houve impugnação do edital, mas que foi desconsiderada pelo Executivo “de forma precária e sem fundamentação idônea”.
Após buscas e apreensões na residência do proprietário da Latina Ambiental, na cidade de Limeira, uma agenda foi recolhida e, nela, foram encontradas anotações constando valores e nomes de cidades, dentre elas está Itaju.
Diante de toda investigação do Gaeco, o vereador Juninho Lopes comentou sobre o assunto e fez questionamentos na tribuna.
“Eu olhei o processo, lá tem mais de 2.400 páginas e olhando esse processo uma folha tava lá: Itaju, 21/06, 5 mil. O que será que é esse 5 mil? Será que é esse o motivo que o Jerri da Fátima ainda não se manifestou? No dia 2 de fevereiro, o funcionário responsável pelo Setor de Obras e Serviços, do barracão, ele solicitou ao Setor de Licitação um pedido para contratar uma empresa pública para terceirizar. O engraçado e mais uma coincidência, que nesse dia, do dia 2, que o responsável pediu por escrito para fazer essa licitação o dono da empresa Latina (que está preso), ligou para a prefeitura na hora do almoço. Das 11h36 às 11h54. Eu não sei com quem o dono da empresa falou, mas, o Ministério Público já deve estar sabendo. O engraçado foi na hora do almoço quando os funcionários estão almoçando, quem será que tava lá? Eu espero que esse 5 mil que está na agenda do dono da Latina não seja de propina. Porque se for, iremos saber e o Ministério Público está investigando”.
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