Operação Terra Roxa expõe o “Mensalinho” de Jaú: Gaeco pede a prisão de 10 pessoas por organização criminosa, incluindo vice-prefeito, vereadores e os empresários Ailton Caseiro e Newton Fraschetti, proprietários da Jaupavi e Clube FM

Operação Terra Roxa expõe o “Mensalinho” de Jaú: Gaeco pede a prisão de 10 pessoas por organização criminosa, incluindo vice-prefeito, vereadores e os empresários Ailton Caseiro e Newton Fraschetti, proprietários da Jaupavi e Clube FM

Conhecida nacionalmente como a “Capital do Calçado Feminino”, a cidade de Jaú parou na última sexta-feira (05), para acompanhar os desdobramentos de uma megaoperação comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio de policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). 
Batizada de “Operação Terra Roxa” – expressão utilizada por imigrantes italianos que trabalhavam nas fazendas de café em referência ao solo da nossa região – a ação contou com o total de nove promotores de Justiça, 15 servidores do Ministério Público e aproximadamente 80 policiais militares (entre agentes do Baep e Força Tática). Um dos promotores de Justiça que comandou a operação é o baririense dr. Nelson Aparecido Febraio Junior. 
A megaoperação, uma das maiores já vistas em Jaú, é resultado de uma extensa investigação do Ministério Público sobre uma organização criminosa comandada por empresários de grande influência política, que recrutavam vereadores e agentes públicos da Prefeitura Municipal para cometer crimes contra o Poder Público jauense, visando sonegação de imposto e aprovação de loteamentos irregulares, fraudes tributárias e adulteração no sistema de informação da prefeitura. 
“A operação foi realizada com apoio da Polícia Militar mirando na suposta prática de crimes de corrupções ativa e passiva, falsificação de documentos públicos, adulteração de sistemas de informações da Administração Pública e sonegação fiscal, dentre outros, para fins de facilitar negócios empresariais possivelmente espúrios e conduzidos por integrantes de grupo econômico. As investigações prosseguem para a completa elucidação dos fatos”, diz a breve nota emitida pelo Ministério Público.
Ao todo, 26 mandados de busca e apreensão foram cumpridos já nas primeiras horas do dia. Entre os endereços vistoriados, chama a atenção um imóvel de altíssimo padrão localizado na Avenida Nenê Galvão, no Jardim Alvorada, uma das áreas mais nobres da cidade. Outro imóvel (também de alto padrão) vistoriado pelos agentes, está localizado na Rua Dona Maria Ometto Franceschi, Jardim Diamante.

Foram cumpridos mandados de busca nos seguintes bairros: Vila Brasil, Vila Assis (Edifício Heaven Tower); Jardim Colina, Jardim Estádio, Jardim São Francisco, Jardim Sanzovo, Jardim Maria Cibele, Jardim São Caetano, Jardim Dona Emília, Jardim Maria Luiza I, Villagio Di Roma, Nova Jaú, Jardim Itamaraty, Jardim Doutor Luciano, além das empresas Jaupavi Terraplanagem, Polo/Fiação Jauense, e Sociedade Imobiliária Ailton Caseiro Ltda.

Por fim, foram cumpridos ainda mandados na Prefeitura de Jaú (Secretaria de Proteção aos Animais) e Câmara Municipal (no gabinete de sete vereadores).


Segundo apurado pela reportagem do Noticiantes, os principais alvos da operação são os empresários Antonio Ailton Caseiro e Newton Fraschetti, sócios-proprietários de um grupo empresarial de grande porte, que inclui empresas como a Jaupavi e Rádio Clube FM, de Bariri.

Caseiro e Fraschetti seriam os cabeças da organização criminosa que lucrou, durante décadas, com ações ilícitas cometidas contra a municipalidade, com o apoio de ex-prefeitos, vereadores e servidores públicos.
“Diligências apontaram a possível prática de atos ilícitos e divisão de tarefas entre os membros, inclusive com delegação a operadores de confiança e participação de políticos e servidores públicos, de molde a beneficiar empresas do grupo investigado com desapropriações irregulares, fraude e adulteração dos sistemas de informações da Prefeitura de Jaú, inclusive para sonegação de impostos em prejuízo ao erário. No decorrer do monitoramento autorizado por este Juízo, foram se revelando interlocuções pelos investigados a respeito do cooptação de vereadores do Município, mediante pagamento de propina, em prol do grupo econômico”, diz um trecho do documento assinado pela Juíza Ana Virginia Mendes Veloso Cardoso, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (2ª Vara Criminal de Jaú). 

Dez pedidos de prisão temporária

O Gaeco solicitou a prisão temporária de 10 pessoas envolvidas na investigação. São elas:
•    Antonio Ailton Caseiro: Sócio proprietário do grupo empresarial que tem a Jaupavi Terraplanagem como principal empresa. De grande influência política, é citado como  o “cabeça” da organização criminosa;


•    Newton Fraschetti: Sócio proprietário do grupo empresarial que tem a Jaupavi Terraplanagem como principal empresa. Proprietário da Clube FM, rádio baririense onde o prefeito de Bariri, Fernando Foloni (MDB), atuava como locutor antes de assumir o Executivo. A Clube FM é conhecida por disseminar críticas pesadas à gestão do atual prefeito de Jaú, Ivan Cassaro, em seus programas jornalísticos;

    Milton de Oliveira Alonso: Engenheiro da Jaupavi Terraplanagem e sobrinho de Ailton Caseiro;


•    Carlos Augusto Moretto: Cargo de confiança do ex-prefeito Rafael Agostini; ocupou a função comissionada de “Secretário do Governo”;

•    André Oliveira Caseiro: Filho de Ailton Caseiro e sócio administrador da Jaupavi Terraplanagem;

•    Juliana Macacari: ex-namorada de André Caseiro, atuou como advogada no grupo Jaupavi;


•    José Carlos Borgo: Vereador filiado ao PDT. Borgo exerce seu oitavo mandato como parlamentar;


•    Luiz Henrique de Oliveira Sousa (vulgo "Chupeta"): Vereador filiado ao PP. Chupeta é servidor público municipal há 30 anos, exercendo a função de motorista no Ceprom da Prefeitura de Jaú. Exerce seu segundo mandato como parlamentar;


•    Mateus Henrique Turini: Vereador filiado ao PDT. Mateus é professor de Sociologia e Filosofia na Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio), cursos pré-vestibulares e Ensino Superior. Exerce seu primeiro mandato como parlamentar;


•    Tiago Bauab Bedani (vulgo "Tuco"): Vice-prefeito de Jaú. Rompeu com o prefeito Ivan Cassaro em 2021, após seis meses de mandato. Desde então, Tuco faz parte da oposição de Ivan Cassaro. Conforme comunicado emitido por Cassaro à época do rompimento político, o prefeito de Jaú disse que Bauab estaria “trabalhando contra a administração”. 

Onze aplicações de medidas cautelares

O Gaeco ainda solicitou a aplicação de medidas cautelares para outras onze pessoas investigadas. São elas:

•    Francisco Carlos Martimiano: Servidor público da Prefeitura no cargo de Assessor de Gabinete de Secretário. Também atuou como Engenheiro Civil na Secretaria de Mobilidade Urbana durante a gestão Rafael Agostini;

•    Luiz Carlos Marchiori: Servidor público, auxiliar administrativo da Secretaria de Proteção aos Animais. Atuou como Diretor do Departamento de Tributação na gestão Rafael Agostini;

•    Alessandro Rodrigo Scudilio: Arquiteto urbanista, atuou como Secretário de Projetos na gestão Rafael Agostini, Diretor de patrimônio do Caiçara Clube;
 

•    Rodrigo de Paula: Vereador licenciado pelo PP, cumpre seu primeiro mandato. Rodrigo se licenciou do Legislativo para assumir o comando da Defesa Civil de Jaú. Ativista social, é fundador da ONG 1%.


•    Antônio Luiz Andretto Junior: Vereador filiado ao Podemos; Luizinho é jornalista e fundador da página “Tem Coisas que Só Acontecem em Jaú”. Exerce seu primeiro mandato como parlamentar;


•    Fernando de Toledo Barros Nogueira Carvalho: Vereador filiado ao MDB. Exerce seu primeiro mandato como parlamentar;


•    Fabio Eduardo Souza: Vereador filiado ao PP. Comerciante, exerce seu segundo mandato como parlamentar;
 

•    Tito Coló Neto:  Vereador filiado ao União Brasil. Proprietário da “Academia Tito Coló”, exerce seu quinto mandato como parlamentar;

•    Sarah Oliveira Caseiro: Filha de Ailton Caseiro; sócia da Sociedade Imobiliária Ailton Caseiro LTDA.;

•    Agostinho José Dyonisio: Conhecido como "Guto", é contador do grupo empresarial e considerado braço direito de Ailton Caseiro;
 

•    Rafael Lunardelli Agostini: Ex-prefeito de Jaú, comandou o Executivo da cidade por dois mandatos seguidos: de 2013 a 2020.

Oito vereadores, funcionários públicos, vice-prefeito e ex-prefeito recebiam “mensalinho”

Além da realização de buscas domiciliares em diversos endereços relacionados aos investigados, a ação contou com a quebra dos sigilos de dados, inclusive telemático, de todo e qualquer aparelho eletrônico e outras mídias.
Através da quebra de sigilo, os promotores de justiça constataram trocas de mensagens de texto e áudio, bem como ligações telefônicas que confirmaram um esquema de “mensalinho” (folha de pagamento paralela), que beneficiou oito vereadores (Borgo, Turini, Chupeta, Tito Coló, Luizinho, Fábio, Fernando e Rodrigo), o vice-prefeito Tuco Bauab, o ex-prefeito Rafael Agostini, além de dois servidores públicos (Francisco Carlos Martimiano e Luiz Carlos Marchiori).
“Os diálogos interceptados revelaram indícios de que o principal alvo da investigação, o Sr. Ailton Caseiro, manteve diálogos pouco republicanos com seu braço-direito, o Sr. Carlos Augusto Moretto, supostamente responsável pela articulação de duradouro esquema de corrupção, para aliciamento e cooptação de mais aliados, sobretudo no âmbito do Poder Legislativo local. Há conversas indicativas da existência de folha de pagamento paralela (mesadinha ou mensalinho) articulada e/ou executada pelos investigados Ailton Caseiro, Newton Fraschetti, André Caseiro, Sarah Caseiro, Juliana Macacari, Milton Alonso, Guto Dyonísio e Carlos Moretto em favor de funcionários públicos (Francisco Carlos Martimiano e Luiz Carlos Marchiori) e vereadores, notadamente os edis José Carlos Borgo, Luiz Henrique de Oliveira Sousa (Chupeta) e Mateus Turini, sempre visando ao atendimento dos interesses econômicos e políticos daqueles. Foram também captados elementos sugestivos do envolvimento com o grupo investigado, ainda que não atual, dos vereadores Tito Coló, Rodrigo de Paula, Fernando Toledo, Luiz Andretto e Fábio Souza, além do vice-prefeito Tiago Bauab e ex-prefeito Rafael Agostini”, revela a investigação.

Funções atribuídas aos membros da organização criminosa

Ainda segundo o Ministério Público, em razão da idade avançada, Ailton Caseiro passou a delegar funções de articulação nos bastidores da política jauense para os filhos Sarah e André Caseiro, além da ex-nora Juliana Macacari (com possível colaboração da tia de Juliana, Maria Luiza Macacari). 
Já Milton Alonso exerceria importante papel no núcleo empresarial do grupo Jaupavi; sua função era conduzir de tratativas de propinas junto à agentes públicos. “ O grupo ainda contaria com auxílio contábil e financeiro do investigado Agostinho José Dyonísio, com participação nos pagamentos ilícitos, embora sem função de direção ou comando”.

Borgo, Mateus Turini e Chupeta têm mandatos suspensos; suplentes tomam posse na próxima segunda-feira

Em nota, a Câmara Municipal de Jaú confirmou a suspensão dos mandatos dos vereadores por decisão da Justiça: José Carlos Borgo (PDT), Luiz Henrique Chupeta (PP) e Matheus Turini (PDT).
Na sessão ordinária da próxima segunda-feira (15), tomarão posse os suplentes Fernando Barbieri (no lugar de Borgo); Fábio Dorneles (no lugar de Mateus Turini); e William Oliveira (no lugar de Chupeta).
Borgo, Chupeta e Mateus Turini não poderão acessar a Prefeitura Municipal e a Câmara; não poderão manter contato com os demais investigados na operação; estão impedidos de se ausentar da comarca por mais de oito dias sem autorização judicial; e deverão comparecer em juízo, bimestralmente, para justificar e informar suas atividades.

O que dizem os investigados?

Seis vereadores e o vice-prefeito Tuco Bauab se manifestaram nas redes sociais sobre a operação Terra Roxa. Apenas o vereador José Carlos Borgo (PDT) não emitiu comunicado. Nossa reportagem entrou em contato com Borgo mas o nobre não respondeu até o fechamento desta edição.
Acompanhe a seguir as notas emitidas pelos vereadores e pelo vice-prefeito de Jaú:

“Estou fazendo esse pronunciamento porque fui citado em uma investigação que está tendo em Jaú. Perante a isto estou muito tranquilo (mas muito tranquilo mesmo), porque eu confio na Justiça. Vamos esperar o final dos desdobramentos dessa investigação, para depois a gente julgar as pessoas e ver quem é quem nessa história. Outro ponto, eu gostaria de falar para a população não acreditar em fake news, em páginas mentirosas, em páginas que não tem credibilidade nenhuma, que soltam coisas absurdas. População, pode ficar tranquila; meu telefone é o mesmo (14) 99776-3013 / 98132-3435. Se alguém precisar estou à disposição. Vamos esperar o que vai acontecer daqui para a frente. Um grande abraço.” – Vice-prefeito Tuco Bauab (PP)

“Prezados cidadãos, venho a público esclarecer os recentes acontecimentos que envolveram a execução de um mandado de busca e apreensão em minha residência e a consequente suspensão do meu mandato de vereador. Primeiramente, afirmo com toda a convicção minha total inocência em relação às acusações que me foram imputadas. Sou um servidor público comprometido com os interesses de nossa comunidade e sempre pautei minhas ações pela ética, transparência e legalidade. É importante destacar que este episódio se trata de uma clara tentativa de perseguição política. As alegações contra mim são infundadas e baseadas em distorções dos fatos. Infelizmente, este tipo de situação não é incomum na política, onde adversários utilizam artifícios legais para enfraquecer e desestabilizar quem trabalha verdadeiramente pelo bem comum. Reitero minha confiança na Justiça e acredito que, ao final deste processo, a verdade prevalecerá e minha inocência será plenamente reconhecida. Continuarei a colaborar com as autoridades para que todos os esclarecimentos necessários sejam feitos o mais rápido possível. Agradeço a todos que têm manifestado seu apoio e solidariedade neste momento difícil. Garanto que não serei abatido por estas manobras e continuarei firme na luta por um município mais justo e próspero para todos.” – Vereador Luiz Henrique Chupeta (PP)
“Pedimos habilitação para ter acesso ao processo na própria sexta-feira, mas a Juíza disse que poderia conceder vistas apenas após a conclusão da operação Terra Roxa. Estamos esperando esse acesso. Entretanto, colaboramos com o mandado de busca e apreensão ocorrido, já me manifestei ao vivo na mídia local (fanpage Central da Notícia) no decorrer da operação... e vamos tomar as medidas cabíveis para reverter a medida provisória de afastamento da vereança. Volto a falar mais quando tivermos acesso ao processo.” – Vereador Mateus Turini (PP)

“Prezados cidadãos de Jaú. É com um misto de perplexidade e determinação que me dirijo a todos vocês neste momento delicado. Recebi a notícia com profunda surpresa de que meu nome foi envolvido na operação 'Terra Roxa', conduzida pelo MP, sem qualquer vínculo com os eventos em questão. Como vereador desta cidade que tanto amo, sinto-me na obrigação de esclarecer os fatos e expressar meu comprometimento com a verdade e a integridade. Na manhã da última sexta-feira trouxe consigo a revelação de minha menção nessa investigação do Ministério Público. Desde então, tenho me colocado à disposição, consciente de que a transparência e a colaboração total são pilares fundamentais para a elucidação dessas circunstâncias complexas. Acredito firmemente na justiça e confio no desenrolar dos trabalhos do MP, confiante de que a verdade prevalecerá. Sei que muitos de vocês foram surpreendidos com essa notícia e compreendo a preocupação e a incerteza que podem surgir. Por isso, reitero meu compromisso de enfrentar essa situação de cabeça erguida, com coragem e honestidade de sempre. Minha dedicação inabalável ao serviço público e à defesa dos interesses da nossa população permanece inalterada, agora mais do que nunca. Agradeço a confiança que o povo tem em mim. Com gratidão e esperança no coração.” – Vereador Tito Coló (União Brasil)

“Na manhã desta sexta-feira (05.jul), fui surpreendido pela informação de que meu nome estava entre os citados em uma investigação denominada “Terra Roxa”, do MP. Prontamente me coloquei a disposição para todo e qualquer esclarecimento, na certeza que o trabalho do MP resultará, assim que se findar, na exclusão de meu nome de tal investigação. Mas como diz um amigo meu: “depois que soltam um saco de penas da torre da matriz, fica difícil de recolher tudo”. Sei que vocês verão muitas notícias sérias e distorcidas, mas também me coloco a disposição daqueles que me conhecem, seguem, gostam (ou não) e votaram em mim, para esclarecer qualquer dúvida. Toda essa situação, não fará com que eu pare meu trabalho em defesa da população, muito pelo contrário, dará mais força no trabalho que me confiaram. Confio no trabalho do MP, por isso que utilizo a instituição para apresentar todas as denúncias de irregularidades. Quem errou que pague.” – Vereador Luizinho Andretto (União Brasil)

“Meus queridos amigos, venho por meio dessa nota manifestar minha surpresa em relação à operação policial que logrou realizar busca e apreensão, tanto no meu endereço residencial como em meu Gabinete Parlamentar, na Câmara Municipal de Jaú.
Como ainda eu não tive acesso aos autos, não tenho ciência do conteúdo da investigação, o que o impede de qualquer manifestação, nesse momento. Mas garanto que estou com consciência tranquila, pois tenho plena certeza que seja perseguição política pois que venho exercendo meu trabalho de vereador fiscalizando, denunciando, cobrando essa administração. Ratifico absoluta tranquilidade em relação a minha conduta, que sempre prezo pela transparência e respeito ao interesse público.” – Vereador Fábio Souza (PP)

“Sobre a investigação em andamento, manifesto total tranquilidade! Meu trabalho como Vereador é realizado de forma transparente e correta. Estou à disposição para quaisquer esclarecimentos e reafirmo minha serenidade, confiante na integridade dos meus atos como vereador, o que será comprovado em breve.” – Vereador Fernando Toledo (MDB)

“No dia de ontem meu nome foi veiculado em alguns canais de notícia acerca de uma ação do MP em nossa cidade. Recebi uma ligação e compareci em diálogo com Dr. Nelson na Câmara Municipal, onde além de responder todos questionamentos realizados, me coloquei totalmente a disposição sobre a formação de um material. Agora quem acompanhou a minha trajetória na vida política, sabe praticamente de todas as ações, denúncias, promoções de coisas boas, correria para conquistas a nossa cidade, sem medir esforços. Tentaram me cassar, alguns próprios "colegas", tentaram me relacionar com outros problemas desde cestas básicas a outros, sempre segui em frente e assim vai continuar sendo. Quem acompanhou minha vida pessoal até aqui, sabe dos inúmeros "perrengues" e os motivos das escolhas de não ser mais candidato a vereador e deixar a vida política a algum tempo, isso só vem para somar. O maior bem e conquista que a vida política me deu de conquista é que a vida é curta demais e nada do que fizermos vai ser suficiente. Continuo todo dia trabalhando bastante, cuidando e defendendo a nossa cidade. Do mais, aqui sempre estive e aqui estarei, contando e escrevendo o que precisar. Com a fé em Deus, a vida segue, nos dias de tempestades ou não.” –  Vereador Rodrigo de Paula (PP)

Precursor das denúncias, Moretti celebra operação Terra Roxa


Em declaração à imprensa, o presidente da Câmara Maurílio Moretti, comemorou a operação na cidade:
“É só acompanhar as sessões da câmara de quando entrei vereador, eu acho que todo mundo vai saber o que eu falava na tribuna, o que eu trazia para a população a respeito do que ia acontecer na nossa cidade. Graças a Deus, a cidade está lavando a alma de conseguir trazer à tona o que acontecia na nossa cidade há vários anos. No meu primeiro mandato, comecei a ver as coisas erradas e, agora, no meu segundo, acho que aconteceu! A gente lavou a alma e a cidade de Jaú só tem a dar risada e se orgulhar do que aconteceu; é uma libertação para nossa cidade!”.