Pais celebram nascimento de bebê com parto humanizado natural em Bariri

Uma nova baririense veio ao mundo nesta segunda-feira (24), de maneira bastante especial. O primeiro dia útil da semana marcou o nascimento de Ágata Colovati Polonio, às 15h03.
Seria um acontecimento comum, se não fosse a forma e o endereço que a pequena Ágata nasceu.
Contrariando a tendência baririense dos partos cesárea agendados, Fernanda Colovati, mamãe da Ágata, decidiu ter um parto humanizado, natural, em sua própria residência, localizada na rua Sete de Setembro. Para isso, a família contratou uma competente equipe de parto da cidade de Bauru. Profissionais da empresa Amary Partejar vieram até Bariri prestar todo suporte que a família precisava.
Com duas enfermeiras obstétricas, Tainá Mariano e Dani Galli, além da doula Juliane Messias, a equipe deu toda a segurança para que o parto acontecesse da maneira que mamãe e bebê quisessem, dando todo carinho, respeito e amparo que ambas merecem. Ágata nasceu com 3,485kg e 50,5cm, foi direto para o peito da mamãe e teve seu cordão umbilical cortado pela irmã Helena e o papai Ícaro.
“Partos humanizados domiciliares são uma tendência que vem crescendo cada vez mais, uma retomada tradicional que a pouco tempo atrás ainda era muito comum e que foi perdendo espaço, principalmente por conta da pressa e correria que a vida moderna nos fez refém. Parto é vida e deve ser naturalizado”, destacou o papai Ícaro Polonio.
Um parto humanizado natural, ocorre no tempo da mamãe e do bebê. Diferentemente da cesárea, que acontece com dia e hora marcada previamente. Segundo os profissionais que defendem a prática, o parto humanizado natural favorece a rápida recuperação da puérpera, a imunidade e saúde do bebê, além de favorecer e contribuir para a produção de leite materno.
Luta contra violência obstétrica
Dados da Fundação Perseu Abramo mostram que uma em cada quatro mulheres já sofreu violência obstétrica no Brasil. Segundo a pesquisa “Mulheres brasileiras e Gênero nos espaços público e privado”, divulgada em 2010 em parceria com o Sesc, os tipos mais comuns de violência durante o parto são gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia e negligência.
Já a pesquisa “Nascer no Brasil”, da Fiocruz, ouviu quase 24 mil mulheres entre 2011 e 2012, e observou que 30% das mulheres atendidas em hospitais privados sofreram violência obstétrica. No SUS, a taxa foi de 45%.
Violência obstétrica é o termo utilizado para caracterizar abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde durante a gestação, na hora do parto, nascimento ou pós-parto. Os maus tratos podem incluir violência física ou psicológica, podendo fazer da experiência do parto um momento traumático para a mulher ou o bebê.
“A violência obstétrica é um problema de saúde pública no Brasil. Já existem estudos que mostram como os desrespeitos e abusos no nascimento podem fazer mal à saúde da mãe e do bebê. O parto humanizado age da forma oposta: coloca o bem-estar dos dois como prioridade, por isso, oferece uma experiência livre de traumas”, concluiu um artigo assinado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.
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