Vice-prefeito de Bauru diz que renuncia ao cargo caso Suéllen Rosim seja cassada pelo Legislativo
A sessão da Câmara dos Vereadores de Bauru votou quarta-feira (06) pela continuidade da Comissão Processante (CP), aberta no dia 20 de junho, que investiga supostas irregularidades na desapropriação de 16 imóveis da Secretaria de Educação da cidade. A votação se deu um dia após a leitura da defesa prévia da prefeita, Suéllen Rosim (PSC), apresentada na segunda-feira (04).
Os vereadores Chiaram Ranieri e Guilherme Berriel votaram a favor. Já o vereador Júlio César foi contrário, ou seja, pediu o arquivamento da denúncia contra a prefeita. O próximo passo é agendar as datas para que Suéllen Rosim e as testemunhas da defesa sejam ouvidas. A comissão tem 90 dias para a conclusão dos trabalhos.
Em entrevista ao programa Cidade 360º (JC/96FM), o vice-prefeito, Orlando Costa Dias (PSC), afirmou que vai renunciar ao cargo se a prefeita Suéllen for cassada. O vice acrescentou que, no caso da cassação, manteria somente sua pré-candidatura a deputado federal.
"Eu renuncio, imediatamente. É convicção mesmo. Conversei com minha família sobre os acontecimentos, com minha esposa, com meus filhos, e falei: olha, eu não assumo em cima da Processante da Suéllen", disse Orlando.
O vice acrescentou que, no caso da cassação, manteria somente sua pré-candidatura a deputado federal. Lembrando que ele vai fazer dobradinha com Lúcia Rosim (PSC), mãe de Suéllen, assim que as candidaturas forem oficialmente confirmadas nas convenções partidárias, que vão de 20 de julho a 5 de agosto.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a prefeita Suéllen Rosim defende que todo o processo de desapropriação foi realizado dentro da lei, além de afirmar sofrer perseguição política.
“Se for analisar profundamente as pessoas que votaram a favor, que querem cassar meu mandato, você vai encontrar vários interesses pessoais. A vereadora que tem sonho de ser prefeita, e que, ao invés de disputar uma eleição, me persegue desde o começo do mandato; vereador que quer ser candidato a deputado e, em vez de tentar os próprios méritos, fica tentando me atacar para conseguir votos contrários. Estou há 19 meses à frente da prefeitura de Bauru e já encarei inúmeros desafios nesse sentido. Foram quatro Comissões Especiais de Inquérito para investigar coisas que nunca existiram, uma perseguição de gente que faz parte da política suja, da qual eu não faço parte”, disse a chefe do Executivo.
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