Bocaina: seis fiéis atravessam o braseiro da fogueira de São João Batista e mantém viva a tradição centenária no Dia do Padroeiro

Bocaina: seis fiéis atravessam o braseiro da fogueira de São João Batista e mantém viva a tradição centenária no Dia do Padroeiro
Bocaina: seis fiéis atravessam o braseiro da fogueira de São João Batista e mantém viva a tradição centenária no Dia do Padroeiro
Bocaina: seis fiéis atravessam o braseiro da fogueira de São João Batista e mantém viva a tradição centenária no Dia do Padroeiro
Bocaina: seis fiéis atravessam o braseiro da fogueira de São João Batista e mantém viva a tradição centenária no Dia do Padroeiro
Bocaina: seis fiéis atravessam o braseiro da fogueira de São João Batista e mantém viva a tradição centenária no Dia do Padroeiro

Por mais um ano, a tradicional Festa de São João Batista reuniu centenas de fiéis em Bocaina. No último domingo (24), o público se reuniu na Praça da Matriz para acompanhar a tradicional passagem pela fogueira, que acontece há mais de 140 anos. 
Neste ano, seis devotos de São João Batista passaram pelo braseiro. A expectativa da passagem começa a partir do soar do sino na Matriz, que sinaliza a meia-noite do dia 24 de junho, Dia do Padroeiro. Antes da travessia, os fiéis receberam uma benção do Padre Daniel Valentin.
Segundo a Pastoral da Comunicação da Paróquia São João Batista, os fiéis que passaram pela travessia são: Lúcio Scarri (Barra Bonita); Patrícia Redivo (Dourado); Thiago Norato (Bocaina); Mateus Henrique de Oliveira Costa (Jaú); além do casal Maria de Lourdes Carbajo e Eusébio Gaspari Carbajo (de São Paulo). 
Lúcio Scarri, de 58 anos, realiza a passagem pelo braseiro há 17 anos. O morador de Barra Bonita entrou para a história como a pessoa que mais realizou a travessia na Festa de São João Batista. “Mais um ano de fé; mais um ano de caminhada. Este é meu 17º ano e, no ano que vem, se Deus abençoar, com muita saúde e muita fé no coração, estarei aqui novamente. É grande a minha fé e minha devoção no em São João Batista. Mais uma vez, obrigado Jesus”, declarou Lúcio. 
O casal Maria de Lourdes e Eusébio Gaspari Carbajo são naturais de Bocaina, mas residem em São Paulo Capital. Eles atravessaram o braseiro juntos. Apesar de realizarem a travessia por completo, ambos precisaram receber atendimento e foram encaminhados à Santa Casa de Bocaina com queimaduras nos pés. 
Em 2024, a festa de São João Batista completou sua 136ª edição. O evento foi animado pela banda Flor de Abóbora, de Araraquara, além de contar com decoração e comidas típicas.  Segundo estimativa da Secretaria de Turismo da Prefeitura Municipal de Bocaina, cerca de 10 mil pessoas compareceram à festa neste ano. 

 

Quem foi São João Batista?

São João Batista nasceu em Aim Karim, cidade de Israel que fica a seis quilômetros do centro de Jerusalém. Profeta e pregador do século I, João era filho de Zacarias e Isabel, prima de Maria, a mãe de Jesus. Seu nascimento em si já é considerado um milagre.
João anunciava a vinda do messias e batizou muitos judeus no Rio Jordão, incluindo seu primo, o próprio Jesus. Foi daí que passou a ser chamado de João Batista (João, aquele que batiza) e considerado o precursor do Cristo.
Segundo relatos bíblicos, em 26 d.C., a mando do Rei Herodes, que se sentia ameaçado pelas pregações de João, o profeta foi preso e assassinado, tendo sua cabeça entregue em uma bandeja. 
São João Batista é o primeiro mártir da Igreja e o último dos profetas. Sua festa é celebrada no dia 24 de junho (exatamente seis meses antes da véspera do Natal).
A fogueira, característica das festas de São João, tem fundamento na história do nascimento do santo. A fogueira foi um sinal de Santa Isabel para Maria, mãe de Jesus, para sinalizar o nascimento de João.  
No Brasil, a prática do acendimento da fogueira na noite de 23 para 24 de junho foi trazida pelos jesuítas, no início da colonização portuguesa. A tradição se mantém viva até hoje, sendo a fogueira um dos principais símbolos das festas juninas.