Denise Sgaviolli diz que Santa Casa de Bariri segue a lei e permite acompanhante a gestante na hora do parto
Após o episódio lamentável ocorrido na última semana no Rio de Janeiro, no qual o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 32 anos, foi preso depois de ser flagrado estuprando uma paciente durante o parto, a reportagem do Noticiantes recebeu inúmeros questionamentos de gestantes preocupadas com a liberação de acompanhante no momento do parto na Santa Casa de Bariri.
Sancionada em 2005, A Lei Federal n° 11.108 ou Lei do Acompanhante assegura à gestante o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O dispositivo garante que a pessoa que acompanha o nascimento do bebê pode ser escolhida pela própria parturiente, independentemente do grau de parentesco. Ela também pode optar por não ter o acompanhante na sala de parto.
Para sanar dúvidas das baririenses, nossa reportagem fez uma entrevista exclusiva com a enfermeira e gestora da Santa Casa de Bariri, Denise Sgaviolli. Ela garantiu que a maternidade segue a legislação.
“Quero tranquilizar os munícipes de Itaju, Boraceia e Bariri e também tornar muito ciente do valor dos nossos profissionais dentro da nossa instituição. A gente vive um problema pontual que aconteceu no Rio de Janeiro de um psicopata. Não dá para atribuir que isso seja uma coisa rotineira, não é a nível dos profissionais, muito pelo contrário. Temos profissionais de excelência, profissionais que realmente se preocupam com o paciente e com o ser humano. Todos nós temos direitos e deveres em todas as situações da vida. Um dos direitos que a gestante tem é o de ter um acompanhante no dia do parto”, salientou Denise.
Segundo a gestora, antes da inauguração da nova maternidade, ocorrida em maio deste ano, os partos eram realizados no Centro Cirúrgico. No entanto, devido ao alto fluxo de movimentação no local, o acompanhamento era um pouquinho prejudicado.
“Nós tínhamos um lugar inadequado. Quando a gente ia para o nascimento, estava sendo feito junto com o Centro Cirúrgico. Então, às vezes, a gente precisava pedir para o acompanhante aguardar um pouco por causa do trâmite, da movimentação, mas nunca foi negado o acesso do familiar junto a gestante. Com a nova maternidade, tudo ficou mais tranquilo. O Centro Obstétrico é de uso exclusivo para o parto e para a cesárea. Aqui vem a gestante acompanhada por quem ela quiser; não precisa ser necessariamente o pai da criança.”
A maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Bariri, que também atende os municípios de Itaju e Boraceia, recebe, em média, 50 nascimentos por mês. Além de Denise Sgaviolli, o conselho gestor do hospital é formado pelos médicos dr. Luiz Gonzaga Gerlin e dr. Renato Gonçalves Felix.
“Hoje temos um espaço separado. Estamos dentro de todas as normativas e, se a gente voltar a ter um surto de Covid, nossa maternidade está totalmente isolada. Estamos preservando a saúde das pacientes. E a gente também permite a entrada dos irmãozinhos para ver o recém-chegado. A maternidade realmente está vivendo tempos de glória, com equipamentos novos e doações chegando. Mas a população também precisa nos ajudar a cuidar. Se a gente tiver o cuidado de todos, com certeza será uma maternidade linda por muitos e muitos anos”, finalizou Denise.
Comentários (0)
Comentários do Facebook