Moradora expõe problemas de infraestrutura na zona rural de Bariri e questiona prefeitura após ter demandas ignoradas
Na última semana, nossa reportagem foi acionada pela publicitária Ivoneide Pereira, 55 anos, conhecida como Doddo. Ela reside em uma propriedade situada no bairro Viuval, na estrada da Barra Mansa, zona rural de Bariri. Em entrevista ao Noticiantes, Doddo afirmou que fez inúmeras solicitações à Prefeitura Municipal de Bariri em questões envolvendo infraestrutura na área rural, mas teve suas demandas ignoradas pelo Poder Público.
“Um dos problemas aqui são as árvores, esses amendoinzeiros têm os galhos muito frágeis e, com as chuvas, eles partem e caem, correndo risco de cair em cima de um carro e causar acidente. No meu ponto de vista, nós não temos autonomia para mexer nos galhos que estão situados fora das propriedades. Quando a gente corta os que estão para cá da cerca, não temos como ou onde descartar esse material; qual é o protocolo? Qual é a forma de descarte desse material?”, questiona Doddo.
A moradora destaca que realizou muitas tentativas de contatar a administração municipal através de vários meios: por telefone, site, e-mail, pessoalmente, mas não obteve sucesso algum. Em uma das vezes, Doddo até recebeu uma resposta oficial, mas teve seu pedido negado.
“Você fala com a prefeitura, você protocola, você manda mensagem pelo site, mas você não tem sequer um retorno. Aliás, na última vez que eu liguei para pedir para retirar um galho que estava pendurado, correndo risco de cair em cima de alguém, eu fui informada que a prefeitura não faz esse tipo de trabalho na zona rural. Como contribuintes, esperamos ter o básico. Pode parecer uma bobagem, mas um galho desse pode tirar uma vida”, desabafa a publicitária.
Outra solicitação encaminhada ao Poder Público é a instalação de um redutor de velocidade na estrada da Barra Mansa, que dá acesso ao bairro Viuval. Segundo relato, automóveis circulam pelo local em alta velocidade e atropelamentos de animais são frequentes.
“Um outro problema muito grave que a gente tem aqui é alta velocidade. Caminhões, ônibus rurais que passam aqui (e até mesmo moradores), acabam atropelando essa bicharada que nasceu aqui, que é cão comunitário nascido aqui na mata do bairro do Viuval. Eu já solicitei diversas vezes providências para a prefeitura, para colocar um redutor de velocidade, uma lombada invertida de preferência”, alega Doddo.
Ela afirma que, mesmo diante dos inúmeros pedidos protocolados na prefeitura, nunca houve qualquer visita do antigo diretor de Obras e Meio Ambiente Giuliano Griso, ou de qualquer outro membro do departamento para verificar os problemas existentes na zona rural.
“Ninguém apareceu aqui; só queria fazer uma solicitação de informação para perguntar: qual é o protocolo? Caiu um galho grande na minha casa, caiu uma árvore grande na minha casa, eu vou cortar esses galhos. Qual é o protocolo? Qual é o procedimento de descarte desse material. Outra coisa, também em relação a lixo; antes, a gente uma lixeira na entrada da cidade, tipo ecoponto, que estava derrubada. Eu solicitei para a prefeitura a substituição, no fim das contas arrancaram e o lixo agora fica no chão. Até me xingaram outro dia quando eu estava depositando o lixo. Então, a gente fica meio que à deriva, mesmo querendo fazer a coisa certa, mas sem orientação e sem informação fica difícil”, finaliza a moradora.
Apoio em Itaju
Doddo possui um projeto de castração de animais nascidos no bairro Viuval, os chamados cães e gatos comunitários. Diferentemente do que acometeu em Bariri, ela conta que recebeu apoio do Poder Público de Itaju, que abraçou a causa. O projeto ainda contou com ajuda do deputado estadual Murilo Felix.
“Itaju, graças a Deus, está com um projeto muito bom, uma ação contra maus-tratos, contra abandono, castração. Está tendo todo apoio da prefeitura, da Câmara, do deputado Murilo Félix, dos munícipes... todos muito empenhados e apoiando o projeto. O apoio que eu não obtive em Bariri recebi em Itaju. Mesmo a questão das árvores também, eles me ofereceram auxílio para recolher os ganhos, mas acho que não faz sentido, já que a área pertence a Bariri”, reflete a publicitária.
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