“Querem me tirar da prefeitura de Bauru, custe o que custar”, diz prefeita Suéllen Rosim sobre CP da Educação
A prefeita de Bauru, Suéllen Rosim (PSC), se pronunciou sobre a abertura da Comissão Processante (CP) que apura supostas irregularidades na desapropriação de 16 imóveis da Secretaria de Educação de Bauru. A CP foi aberta pela Câmara de Vereadores no dia 20 de junho, com base na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apurou supostas irregularidades na desapropriação de 16 imóveis pela Secretaria de Educação.
No decorrer da CEI, os vereadores questionaram membros da prefeitura dos motivos pelos quais houve a desapropriação de imóveis ao invés de fazer a compra e venda, processo que, segundo os parlamentares, seria o mais natural nestes casos. Segundo o relatório, as apurações teriam apontado conduta negligente da prefeita, embora não tenham sido apontados indícios de que ela tenha agido de forma deliberada.
Em vídeo divulgado em sua página oficial no Facebook, Suéllen defende que todo o processo de desapropriação foi realizado dentro da lei.
“O investimento é de R$ 34 milhões, em prédios que na época nós pagávamos aluguel; agora eles pertencem ao município e, alguns, nós vamos utilizar nos próximos meses. É todo um processo feito dentro da legalidade, com a equipe técnica. Mas mesmo com toda a transparência, no começo deste ano, um vereador propôs (e a Câmara acatou) a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar mais a fundo. Trinta e quatro pessoas foram ouvidas ao longo desse processo, desde a Secretaria de Educação até os donos dos prédios e servidores de carreira da prefeitura. Eu mesma prestei depoimento. Enfim, muitas pessoas foram ouvidas e não houve nenhuma irregularidade comprovada”, disse a prefeita.
Segundo a chefe do Executivo bauruense, houveram tentativas caluniosas de manchar sua imagem ao longo do processo. Suéllen ainda destacou que o relatório da CEI foi reprovado por maioria dos votos no Legislativo, além de expor que houve mudança repentina no voto de um dos vereadores no intervalo regimental da sessão que aprovou a abertura da CP.
“Inventaram inúmeras mentiras. Tentaram imputar crimes a minha família, falando que eu viajei para a Suíça com uma mala de dinheiro, que eu adquiri casa de luxo em um condomínio de Bauru, que houve superfaturamento de prédios. Um completo absurdo de uma série de mentiras sem nenhum fundamento! Tanto é que, na votação, esse relatório foi reprovado pela maioria da Câmara, porque não há nenhum fundamento nessas acusações. Mesmo assim, uma semana depois, dois pedidos de Comissão Processante foram apresentados por duas pessoas que já são bastante conhecidas aqui no meio político. Esses pedidos foram para votação numa única sessão. O primeiro foi reprovado pela maioria. E o segundo, misteriosamente, um vereador, Pastor Bira, mudou o voto no intervalo de uma hora entre o relatório e outro. Houve a aprovação dessa comissão com o único objetivo de cassar o meu mandato, ou seja, a minha retirada a prefeitura de Bauru, custe o que custar”, explanou.
Por fim, a prefeita definiu a ação como “um ato político com base em mentiras”. Ela se colocou à disposição para prestar mais esclarecimentos sobre o assunto, sugerindo até mesmo que pode voltar a prestar depoimento na Casa de Leis bauruense.
“Se for analisar profundamente as pessoas que votaram a favor, que querem cassar meu mandato, você vai encontrar vários interesses pessoais. A vereadora que tem sonho de ser prefeita, e que, ao invés de disputar uma eleição, me persegue desde o começo do mandato; vereador que quer ser candidato a deputado e, em vez de tentar os próprios méritos, fica tentando me atacar para conseguir votos contrários. Estou há 19 meses à frente da prefeitura de Bauru e já encarei inúmeros desafios nesse sentido. Foram quatro Comissões Especiais de Inquérito para investigar coisas que nunca existiram, uma perseguição de gente que faz parte da política suja, da qual eu não faço parte. Eu sempre digo, eu nunca negociei a minha alma para ser prefeita de Bauru. Eu não vou negociar minha alma para manter esse cargo. Vou ser sempre transparente, sempre muito realista. Mas eu não vou mais admitir, a partir de agora, os ataques à minha família. Mais uma vez eu me coloco à disposição de vocês para esclarecer tudo o que for necessário”, encerrou Suéllen.
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