Sindicato dos Servidores e Federação repudiam atos do governo Abelardinho com manifesto em prol de demandas do funcionalismo público de Bariri

Sindicato dos Servidores e Federação repudiam atos do governo Abelardinho com manifesto em prol de demandas do funcionalismo público de Bariri
Sindicato dos Servidores e Federação repudiam atos do governo Abelardinho com manifesto em prol de demandas do funcionalismo público de Bariri

Motoristas e pedestres que passaram pela Rua Francisco Munhoz Cegarra, em frente a Prefeitura Municipal de Bariri, na tarde de quarta-feira (02), acompanharam uma movimentação promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bariri. O órgão presidido por Gilson de Souza Carvalho uniu forças com a Federação dos Funcionários Públicos Municipais Estado São Paulo (Fupesp) e outros sindicatos da região, com o intuito de chamar a atenção do Poder Público sobre demandas do funcionalismo público baririense.

Inicialmente, a manifestação tinha por objetivo principal reivindicar, novamente, o pagamento do novo piso salarial da enfermagem. Até o fechamento desta edição, o prefeito Abelardo Maurício Martins Simões Filho (MDB), não enviou ao Legislativo o projeto de lei que altera a referência dos enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. O imbróglio em torno do assunto se arrasta por meses; a postura irredutível do governo Abelardinho frustra a categoria, que já se reuniu inúmeras vezes com o sindicato, além de comparecer a várias sessões camarárias (desde outubro do ano passado) para pedir apoio dos vereadores.

Outro assunto levantado pelos líderes sindicais é, segundo a definição do próprio sindicato, “a retirada de direitos e horas extras feitas e não pagas” para funcionários dos setores de Infraestrutura (Barracão) e Obras. À nossa reportagem, Gilson de Souza Carvalho relatou que os servidores foram surpreendidos ao receberem o holerite de pagamento ao final de julho, e perceberem a falta do adicional de insalubridade e porcentagem de horas extras no demonstrativo de pagamento.

O terceiro assunto debatido no ato foi o óbito do servidor Adelson Aparecido Bertoldo, que foi soterrado em uma obra de responsabilidade do Serviço de Água e Esgoto do Município de Bariri (Saemba). Num discurso enfático, o sindicato pediu a exoneração do superintendente do Saemba, Eder Cassiola, e demais diretores da autarquia.

“Por falta de equipamento de segurança, o servidor veio a óbito em uma obra que não tinha nem engenheiro nem técnico de segurança. Exigimos saber quem são os responsáveis pela morte do nosso querido amigo. Sr. Adelson era um homem bom e trabalhador. Faltando um mês para sua aposentadoria, veio a óbito em uma obra sem documento, sem engenheiro responsável. Esperávamos que o prefeito municipal, em sã consciência, publicasse a exoneração dos diretores da autarquia, algo que, infelizmente não ocorreu. Fica aqui nosso repúdio e nossa revolta em nome do Sr. Adelson”, disse Gilson.

Informações extraoficiais obtidas por nossa reportagem deram conta de que o prefeito Abelardo Simões estava em seu gabinete no momento da manifestação. No entanto, mesmo sendo diretamente citado pelos líderes sindicais, Abelardinho não se manifestou e deixou o Paço Municipal no veículo oficial da prefeitura momentos após o término do ato.

O protesto contou com apoio da Polícia Militar, que acompanhou todo o movimento com agentes em duas viaturas.

 

Confusão entre chefe de gabinete e manifestantes

Logo no início da manifestação, Paulo Egídio Grigolin, chefe de gabinete do prefeito Abeladinho e vereador licenciado, saiu do Paço Municipal para filmar os manifestantes –ação que ocasionou uma pequena confusão.

Após uma breve troca de farpas com os líderes sindicais, Grigolin se recolheu novamente ao interior do Paço Municipal aos gritos de “puxa-saco” e “cupincha”. Nas redes sociais, ele se manifestou em uma publicando em seu perfil pessoal, acusando o sindicato de “se promover em torno da dor da família da vítima”.

Gilson de Souza carvalho rebateu a acusação, lembrando que Adenson era afiliado ao sindicato e, portanto, cabe ao órgão cobrar explicações pelas muitas perguntas sem respostas em tordo do óbito.

“Deus abençoe vocês por estarem lutando pelo pai de meus filhos, estamos sem força para lutar ou até cair a ficha do acontecido. Estamos chocados com tudo isso”, comentou a esposa da vítima em agradecimento ao sindicato.