Situação de abandono dos prédios públicos, imóveis municipais desocupados e gastos do governo Fernando Foloni em locações particulares chama a atenção dos vereadores

Situação de abandono dos prédios públicos, imóveis municipais desocupados e gastos do governo Fernando Foloni em locações particulares chama a atenção dos vereadores
Situação de abandono dos prédios públicos, imóveis municipais desocupados e gastos do governo Fernando Foloni em locações particulares chama a atenção dos vereadores

O vereador Edcarlos Santos (PP) protocolou dois requerimentos referente a situação de prédios públicos na última a sessão ordinária. No primeiro, o nobre pede informações ao prefeito Fernando Foloni (MDB) sobre a relação de imóveis particulares locados pela municipalidade. Segundo Edcarlos, a administração municipal vem gastando altos valores alugando imóveis terceirizados, enquanto existem vários prédios públicos desocupados.
Ele pede que o prefeito esclareça quais são os gastos mensais com locações de imóveis particulares para a locação de departamentos ou órgãos públicos da municipalidade, quais agentes públicos são responsáveis pelos contratos de locação, critério de contratação das imobiliárias, entre outros questionamentos.
Na deliberação do requerimento, Edcarlos critica as obras inacabadas no Paço Municipal de Bariri durante a gestão Abelardo-Foloni.

“Quando a gente anda no paço, vemos a vergonha que é; ficou parecendo um puxadinho: buraco na janela, funcionário trabalhando com goteira, é um descaso total! Em contrapartida, cada vez mais, vemos prédios alugados. A prefeitura tem imóveis públicos que não usa, mas aluga outros prédios como se o dinheiro fosse uma brincadeira. Por isso que falta dinheiro para tudo. Os funcionários estão trabalhando no paço em um ambiente insalubre e a prefeitura está uma farra de alugar imóveis. Vão alugar mais dois prédios agora. Estão brincando com o dinheiro público. Não sei quem é que está ganhando com isso”, disse o parlamentar.


Para Ricardo Preado (PSD) uma solução inteligente seria o Poder Público colocar à venda os prédios que estão desocupados, como forma de investir o valor dos imóveis no tesouro municipal. Este método foi adotado pelo Governo do Estado de São Paulo, que desenvolveu um site para divulgar a venda de diversos prédios públicos que não estão mais em uso, como o quartel da Rota e o Hospital das Clínicas.

“O Estado de São Paulo colocou 200 imóveis à venda. Em Bariri, temos muitos imóveis e a grande parte está sem uso. O prefeito tem que tomar pé de quais imóveis estão sendo utilizados e, os que não estão, colocar à venda. Já que não tem dinheiro no caixa, é uma forma de captar recurso”, opinou Prearo.


No segundo requerimento, que complementa o anterior, Edcarlos solicita que Fernando Foloni divulgue a relação de prédios públicos que pertencem ao município. O vereador questiona quantos prédios públicos estão sendo ocupados por algum órgão ou departamento municipal, a relação de tais órgãos e repartições, quais prédios estão desocupados e por qual motivo, além de pedir informações sobre salas vagas em prédios ocupados. 

 

“No ano de 2022 havia 120 áreas verdes institucionais e áreas de lazer, a maioria não utilizadas. O primeiro projeto que fiz era para utilizar parte desses terrenos para agricultura familiar, mas a proposta e não foi para frente. A prefeitura tem casas, barracões e terrenos, que poderiam servir para serventia para muita gente”, concluiu Edcarlos.


O presidente da câmara, Airton Pegoraro (Avante) relembrou alguns dos vários imóveis públicos que estão em desuso, como a Creche Carmen Solo Modolin Aquilante, localizada no Núcleo Habitacional Osório Oréfice e fechada há anos por conta da infestação de escorpiões. Outro exemplo são as construções localizadas na área do Centro Social Urbano (CSU), cujos prédios estão em estado de degradação.
Pegoraro ainda relembrou que a Câmara Municipal de Bariri já sofreu apontamentos do Tribunal de Contas por não possuir acessibilidade. Como o Plenário Legislativo está localizado no Piso Superior do Paço Municipal, a construção de uma rampa de acesso, por exemplo, seria responsabilidade do Poder Executivo. No entanto, apesar dos apontamentos e solicitações, nada foi feito.

“Temos dezenas de áreas institucionais paradas na cidade que poderiam servir para ser colocada a câmara municipal. Questionei o Abelardo quando era prefeito e ele não deu bola. Solicitei de novo para este assunto para o Fernando Foloni e, até agora, nada; não tive resposta. Talvez, a preocupação deles seja a Câmara Municipal fazer a obra que essa administração não fez: um prédio público funcional. A reforma feita nessa prefeitura foi péssima! Temos um gabinete que não cabe nem quatro pessoas; o prefeito não pode receber ninguém. Antigamente, tínhamos um gabinete amplo. Hoje em dia, se descaracterizou totalmente”, apontou Pegoraro, se referendo à primeira obra realizada pela gestão Abelardo-Foloni: a reforma no Gabinete Executivo que reduziu consideravelmente o espaço.