Vigilância Epidemiológica informa aumento de casos de tuberculose em Bariri

Vigilância Epidemiológica informa aumento de casos de tuberculose em Bariri

A Diretoria Municipal de Saúde de Bariri, através do Setor de Vigilância Epidemiológica, emitiu alerta sobre a situação da tuberculose na cidade. Segundo Neusiely Podanoschi, responsável do setor, o município possui nove pacientes diagnosticados com tuberculose, sendo submetidos a tratamento, até o fechamento desta edição.
Os números da tuberculose em 2024 chamam a atenção: em 2023, o município registrou 7 casos da doença; no ano de 2022, foram 9 casos no total, segundo a Vigilância Epidemiológica. Com 9 casos até julho, os números já superam o total de 2023 e se igualam ao total de 2022, faltando cinco meses para o término do ano.
A orientação é que as pessoas que sentirem os sintomas procurem uma unidade de saúde do município, para que seja solicitado a realização do exame (baciloscopia) que diagnóstica a doença. 

Sintomas

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. 
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como: febre vespertina; sudorese noturna; emagrecimento; cansaço/fadiga.
Cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo, e a doença leva mais de um milhão de pessoas a óbito anualmente. A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, principalmente a forma positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.

Como é transmitida?

 A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento. Quando outras pessoas respirarem essas partículas, há a possibilidade de se infectarem. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, uma pessoa com tuberculose pulmonar e/ou laríngea ativa, sem tratamento, e que esteja eliminando aerossóis com bacilos, possa infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. 
A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e talheres dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença.

Tratamento

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). São utilizados quatro medicamentos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. A tuberculose tem cura quando o tratamento é feito de forma adequada, até o final. 
O papel dos profissionais de saúde em apoiar e monitorar o tratamento da tuberculose, por meio de um cuidado integral e humanizado, é muito importante. Uma das principais estratégias para promover a adesão ao tratamento é o Tratamento Diretamente Observado (TDO), que consiste na observação da tomada do medicamento pela pessoa com tuberculose sob a observação de um profissional de saúde ou por outros profissionais capacitados. 
Logo nas primeiras semanas do tratamento, a pessoa se sente melhor e, por isso, precisa ser orientada pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente.

Fonte: Ministério da Saúde