Marcos Dorta denuncia manobra da Câmara de Brotas que favorece cargo de confiança extinto pelo Ministério Público

Marcos Dorta denuncia manobra da Câmara  de Brotas que favorece cargo de confiança  extinto pelo Ministério Público
Marcos Dorta denuncia manobra da Câmara  de Brotas que favorece cargo de confiança  extinto pelo Ministério Público

O vereador Marcos Dorta está afastado de suas funções parlamentares, mas continua exercendo o papel de fiscalização em Brotas. O nobre utilizou as redes sociais para denunciar uma questão antiga, já abordada por ele em tribuna no mês de abril deste ano. Segundo Dorta, uma manobra na Câmara Municipal de Brotas favoreceu um cargo de confiança que havia sido extinto pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas.
“A moralidade, a impessoalidade, dentre tantos outros princípios fundamentais que regem a gestão pública, continuam sendo descaradamente ignorados pelo presidente da Câmara e demais legisladores. Lembram quando eu usei a tribuna para expor a manobra que estavam fazendo para beneficiar o ex-assessor Jurídico da Presidência (cargo de confiança que estava irregular e o MP e o TC pediram extinção)? Fui o único a ter coragem e ter votado contra esse abuso da inteligência dos cidadãos e do dinheiro público”, disse o vereador.
Tudo começou com o projeto de lei nº 02/2022, de autoria da Mesa Diretora. A matéria dispõe sobre a reorganização administrativa da Câmara entre outras providências. Em resumo, o texto exclui o cargo de “assessor jurídico do Legislativo”, mas cria o cargo de “assessor de Gabinete”.
“O ex-assessor Jurídico agora é assessor de Gabinete, ou seja, atende o presidente da Câmara e não pode fazer serviços jurídicos sem acompanhamento de advogado. Um cargo de confiança, para atender a presidência, sem autonomia para trabalhos jurídicos, ganhará R$ 7.116,46 + R$ 500,00 de vale-alimentação, enquanto o advogado que atenderá os 11 vereadores e será procurador Jurídico da Casa ganhará R$ 6.307,00! Absurdo o abuso e a má gestão do dinheiro público! Na Câmara de Brotas tem mais cargo de confiança do que concursados!”, expôs Marcos.
Para ele, o presidente da Câmara, Valdir Sgorlon, agiu de má-fé, pois o assessor teria ligação pessoal de amizade com Sgorlon.
“Por ser chefe direto, faz tudo o que ele pede, independentemente de ser moral ou não – tanto que perseguiam a advogada e procuradora Jurídica da Casa, até a mesma pedir exoneração. Já faz mais de um ano e até hoje o concurso não foi realizado, justamente para manter o assessor Jurídico da presidência no cargo. Cobrei diversas vezes a regularização e nada era feito”, finaliza Dorta. 
A publicação do vereador teve apoio dos internautas em Brotas. “Uma bagunça com dinheiro publico”, avaliou um munícipe.