Entrevista: Fernando Salina fala sobre o desafio de presidir a Assobari e principais demandas do agronegócio regional

Nome completo: Manoel Fernando Salina

Idade: 60 anos

Naturalidade: Bariri-SP

Formação acadêmica: Economista

Função: Presidente da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Bariri (Assobari)

Noticiantes: A Assobari passou recentemente pelo processo de troca da diretoria executiva. Como ficou a nova composição? Qual é o grande desafio de presidir a associação?

Fernando: Basicamente houve uma pequena mudança, por força estatutária, na gestão anterior eu era vice-presidente, para o biênio 23/25 foi necessário refazer uma nova composição, portanto fui eleito presidente (Manoel Fernando Salina), o vice -presidente o sr. Ulisses Fanton e, como tesoureiro, o sr. Adalmir Felipe.
Muitos são os desafios, pois a Assobari é uma associação que tem um reconhecimento tanto nacional como internacional por desenvolver boas práticas na produção de cana-de-açúcar, aspecto que essa diretoria tem como objetivo principal: buscar fortalecer cada vez mais a entidade, permitindo que nossos produtores desenvolvam atitudes cada vez mais conscientes da necessidade de protegermos o nosso planeta.
 
Noticiantes: Atualmente, quantos associados existem na Assobari e quais as principais culturas?

Fernando: Hoje, contamos com cento e cinquenta (150) associados cuja a cultura principal é a cana-de-açúcar, no entanto temos mais trinta (30) associados que desenvolvem outras culturas como por exemplo o amendoim, soja, milho e uma parcela de avicultores.
 
Noticiantes: Que vantagens o produtor rural ou pecuarista tem ao se associar?

Fernando: Participar de uma associação permite aos produtores que ele tenha um acompanhamento técnico em suas lavouras, visando as boas práticas necessárias para manter a sua lavoura saudável e, por conseguinte, um aumento na sua produtividade. Temos também um atendimento na parte social, buscando uma melhor qualidade de vida, uma vez que possuímos convênios com médicos e vários profissionais na área da saúde.
 
Noticiantes: Em Bariri, quais são as principais demandas do produtor rural em relação às políticas públicas voltadas ao agronegócio?

Fernando: No caso específico de Bariri, a principal demanda seria a melhoria de nossas estradas rurais, pois o escoamento de nossa safra é de fundamental importância, uma vez que gera riquezas para o município.
Creio que se faz necessário um maior diálogo entre o poder público local e as entidades de classes, visando um melhor atendimento ao nosso agricultor.
 
Noticiantes: Haverá mais uma edição do Encontro de Avicultura de Bariri e Região neste ano? Além da feira, como está o calendário de eventos da Assobari para os próximos meses?
 
Fernando: Estamos com uma feira agendada para o próximo mês, que irá acontecer no dia 24 de agosto das 8h às 17h, aqui na Assobari. Todos os meses são proporcionadas uma série de palestras técnicas e inovações tecnológicas voltadas para o campo aos nossos produtores e colaboradores, além de palestras que visam atingir variados interesses como: Sucessão Familiar, Aposentadoria Rural entre outros.

Noticiantes: No próximo dia 28 de julho comemoramos o Dia do Agricultor. Num patamar geral, qual é o maior desafio do setor, atualmente?

Fernando: Creio que o maior desafio do setor é mostrar para a sociedade, como um todo, que o produtor rural é, hoje, o grande fomentador de recursos para o nosso país, e que está nele a nossa subsistência, pois é do homem do campo que vem o nosso sustento. Pequenos e grandes produtores nos permitir e refletir o quanto dependemos da natureza e das boas práticas realizadas por esses profissionais. 

Noticiantes: Pelo menos sete estados brasileiros (incluindo São Paulo) registraram, recentemente, casos de gripe aviária. Como este cenário está sendo visto pelo setor granjeiro? 

Fernando: Este momento é de cautela, pois os casos ocorridos não deveriam afetar o setor Sabe-se que o Brasil é o maior exportador de carne de frango – inclusive, em março/23 atingimos um recorde nas exportações com 514,6 mil toneladas. O Brasil detém 35% do mercado global, com vendas para mais de 100 países. O Brasil segue os principais protocolos de biosseguridade, em nossa região não tivemos nenhum caso significativo.
 
Noticiantes: O Noticiantes agradece sua participação e deixa o espaço aberto para suas considerações finais. 
 
Fernando: Em meu nome e em nome da Assobari, agradeço este espaço que nos foi dado, pois a nossa associação é uma casa onde amigos se encontram visando o bem comum. Estaremos sempre de portas abertas para receber a todas as pessoas de bem, com carinho e atenção. Trabalho, fé na potencialidade do agricultor, união, boas intenções, transparência e honestidade, esta é a marca do sucesso chamado Assobari.