Abelardinho prefere festa do que ajudar os mais necessitados

Abelardinho prefere festa do que ajudar os mais necessitados

Não é novidade que a situação econômica do país, causada, em parte, pela pandemia, é preocupante. A renda per capita das famílias despencou com a volta da inflação e a perda de emprego com carteira assinada. Em nossa cidade não é diferente. É só fazer uma visitinha nos bairros periféricos para ver a situação dramática de algumas famílias. A maioria não tem um prato de arroz para pôr na mesa. Grande parte, por não poder comprar um botijão de gás, voltou a utilizar a velha prática de cozinhar num fogãozinho improvisado de tijolos para poder comer uma mandioca ganhada de alguém. As crianças dormem com fome e sofrem de desnutrição por não ter, muitas vezes, a quantidade necessária de leite para se alimentar. É muito triste. 
Ao longo desses últimos anos, não vimos uma empresa sequer pousar em Bariri; pelo contrário, vimos empresas baixando suas portas. Na contramão disso, vimos o prefeito se gabar de ter mais de R$ 17 milhões em caixa e a arrecadação aumentar mais alguns dígitos. Mas por que estamos falando isso e o que representa ter mais dinheiro em caixa para os mais necessitados? Nessa administração, nada. 
Na audiência do orçamento para o ano que vem (2023), Abelardinho anunciou R$ 250 mil a mais para o Social (projetos para os mais necessitados) e R$ 667 mil para Cultura (festas). Para festas um AUMENTO de 90% e para o Social, menos de 5%, comparando-se a este ano de 2022. Ou seja: Abelardinho demonstra, claramente, que não gosta dessa classe social. Por que chegamos a essa conclusão? É só relembrarmos as ações desastrosas do Social ano passado e este ano. Falta de fraldas geriátricas para os idosos, atraso na entrega do leite, problema com a merenda durante a pandemia, reclamação de demora para se conseguir uma cesta básica, e por aí vai. 
O prefeito mostra que quer usar essa parcela da população, menos esclarecida, para alavancar sua deteriorada imagem. Como faria isso? Recorrendo-se a manjada prática do pão e circo. Mas, mesmo essas pessoas, hoje, tem mais informações e vai ser difícil no ano eleitoral não lembrarem desse abandono do poder público. Participam das festas, mas não esquecem do prato vazio. 
Festa tem que ter sim, contudo, o mais importante é ter um olhar diferenciado para aqueles que atravessam um momento difícil. O prefeito, pensando somente no lado político, oferece o circo, esquecendo-se do pão, que enche a barriga. Ele esquece; as urnas não!