Câmara de Bauru cria comissão para apurar suposto hacker contratado por cunhado da prefeita
Foi aprovada por unanimidade a abertura de uma Comissão Temporária na Câmara Municipal de Bauru; o objetivo é acompanhar as investigações das denúncias de que o cunhado da prefeita Suéllen Rosim (PSD), Walmir Henrique Vitorelli, teria contratado um hacker para monitorar desafetos do governo.
O requerimento do vereador Eduardo Borgo (Novo), que pediu a instauração da comissão, foi aprovado na sessão de segunda-feira (06). Compõem a comissão os vereadores Coronel Meira (União Brasil), Mané Losila (MDB), Eduardo Borgo (Novo), Estela Almagro (PT) e Chiara Ranieri (União Brasil).
A comissão funcionará como uma espécie de grupo de trabalho, sendo responsável pela interlocução com a Polícia Civil e o Ministério Público, órgãos de controle externo que investigam as denúncias de espionagem.
Relembre o caso
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) recebeu, semana passada, uma representação assinada por 12 vereadores de Bauru que pedem investigação contra um hacker, supostamente contratado pela equipe da prefeita Suéllen Rosim, para espionar adversários políticos.
Segundo a denúncia, a contratação do hacker teria sido articulada por Walmir Henrique Vitorelli Braga, cunhado da prefeita de Bauru e ex-assessor do deputado estadual Paulo Corrêa Júnior (ele acabou exonerado do cargo após repercussão do caso).
Em 2021, Walmir teria solicitado que o hacker invadisse as redes sociais de políticos e adversários. Dentre as possíveis vítimas dos ataques cibernéticos, estão o jornalista Nelson Itaberá e a vereadora de Bauru Estela Almagro.
O hacker em questão é Patrick César da Silva Brito, preso pela Interpol na Sérvia. Ele passou a ser investigado depois que o e-mail de Dilador Borges (PSDB), prefeito de Araçatuba-SP, foi invadido, em dezembro de 2020. O caso está sendo investigado em segredo de justiça.
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