Projeto do vereador Joster de Melo faz de Agudos o primeiro município do país a facilitar identificação de pessoas com Parkinson

Projeto do vereador Joster de Melo faz de Agudos o primeiro município do país a facilitar identificação de pessoas com Parkinson
Projeto do vereador Joster de Melo faz de Agudos o primeiro município do país a facilitar identificação de pessoas com Parkinson

Uma iniciativa do vereador Joster de Melo (Republicanos), cujo objetivo é auxiliar de orientação para identificação de pessoas com a Doença de Parkinson ou outro distúrbio do movimento, já passou a vigorar em Agudos. Após ser aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, o projeto de lei n°. 09/2023, foi sancionado pelo Executivo nesta terça-feira (26).

Com isso, Agudos se tornou o primeiro município do país a aprovar o uso do “Cordão Tulipa Vermelha” em locais públicos e privados. A flor (tulipa vermelha) é símbolo mundial da Doença de Parkison desde 2005. A escolha originou-se, em decorrência da criação de uma tulipa vermelha com detalhes em branco pelo floricultor holandês diagnosticado com Parkinson, J.W.S Van der Wereld. Ele nomeou sua criação como “Tulipa Dr. James Parkinson”, em homenagem às contribuições feitas pelo primeiro médico que descreveu a doença.

O cordão consiste numa faixa estreita de tecido ou material equivalente 20mm x 85cm, de cor branca, estampada com desenhos de tulipas vermelhas, acompanhado de um crachá, 9cm X 6cm, para preenchimento com informações de identificação pessoal e sobre a Doença de Parkinson.

O crachá que acompanha o cordão deverá conter as seguintes informações: nome completo; endereço; telefone de contato (do responsável ou para emergência); identificação da doença (CID10 - “Classificação Internacional de Doenças”); restrição motora; uso de acessório; restrição de medicamentos; constar o uso de DBS (pessoas com implante de eletrodo e data da cirurgia).

“A aprovação deste projeto é de suma relevância para identificação discreta da pessoa com Doença de Parkinson. Sendo um instrumento e um facilitador de suporte especial em virtude de suas restrições e/ou limitações do movimento. O uso do Cordão Tulipa Vermelha tem por objetivos principais facilitar o acesso a locais e serviços em estabelecimentos, contribuir cada vez mais para o bem-estar das pessoas com Doença de Parkinson com atenção, cuidado, suporte e auxílio no atendimento. O Cordão Tulipa Vermelha é um acessório importante para reduzir os frequentes episódios de constrangimentos, ofensas, discriminação, e casos extremos de agressões física, relatados por muitas das pessoas com Doença de Parkinson, devido à falta de facilidade de identificação e falta de conhecimento e compreensão dos diversos aspectos paradoxais da doença relacionadas aos distúrbios movimento, como a intermitência dos sintomas, por exemplo”, justifica o vereador Joster.

A matéria ainda estabelece que “os estabelecimentos públicos e privados devem orientar seus funcionários e colaboradores diretos ou terceirizados, quanto à identificação de pessoa com Parkinson e outros distúrbios do movimento, quanto ao uso do Cordão Tulipa Vermelha, bem como aos procedimentos que possam ser adotados para atenuar as dificuldades dessas pessoas”.

 

Doença de Parkison

A doença de Parkinson é degenerativa, crônica e progressiva. Causada pela diminuição intensa da produção de dopamina, neurotransmissor que ajuda na realização dos movimentos voluntários automáticos do corpo.

Dezenas de sintomas motores e não motores estão associados à essa enfermidade, que incluem: tremores, rigidez, lentidão, alterações de postura e de marcha, congelamento, perda de equilíbrio, distonias, câimbras, movimentos involuntários, depressão, ansiedade, distúrbios de sono, perda do olfato, entre outros.

A Doença de Parkinson acomete mais de 6 milhões de pessoas no mundo todo. Em torno de 15-20% dos diagnósticos são em pessoas com idade inferior a 45 anos. Estudos recentes, sugerem que esse número irá dobrar até 2040.

No Brasil, dados indicam um número de casos subestimados em torno de 200 mil pessoas com Parkinson e especialistas tem relatado um aumento importante de diagnósticos em pessoas em idade produtiva, entre 21 e 45 anos.