Cardeal que foi Bispo de São Carlos e crismou jovens de Bariri e região integrará conclave que vai definir novo Papa

Cardeal que foi Bispo de São Carlos e crismou jovens de Bariri e região integrará conclave que vai definir novo Papa

O Cardeal Paulo Cezar Costa, atual Arcebispo Metropolitano de Brasília, foi convocado pelo Vaticano para integrar o chamado conclave, cerimônia que reunirá 135 sacerdotes (cardeais com menos de 80 anos) que votarão entre si para definir quem será o próximo Papa a comandar a Igreja Católica.
Dom Paulo Cezar é conhecido dos baririenses e demais fiéis da região. Pelo período de quatro anos, de 2016 a 2020, foi Bispo da Diocese de São Carlos, da qual Bariri fazia parte à época. Com isso, o cardeal foi responsável por conceder o sacramento do crisma à jovens de toda a região, no período em que permaneceu em São Carlos.
Durante a coletiva da morte do Papa Francisco, no dia 21 de abril, Dom Paulo Cezar disse que o papa “era um pai para o mundo, não era só para a igreja”. Ele foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2022.
O conclave que vai eleger o sucessor de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, falecido nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, ainda está sem data exata para ter início. Além de Dom Paulo Cezar, outros seis cardeais brasileiros participarão da votação secreta que acontece na Capela Sistina. São eles:

Dom João Braz de Aviz (Arcebispo emérito de Brasília)

Dom Odilo Pedro Scherer (Arcebispo Metropolitano de São Paulo)

 

 Dom Leonardo Ulrich Steiner (Arcebispo de Manaus)

 

Dom Orani João Tempesta (Arcebispo do Rio de Janeiro)

 

 Dom Sergio da Rocha (Arcebispo de Salvador)

 

 Dom Jaime Spengler (Arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB)

Como funciona o processo?

O Vaticano marcou para o próximo sábado (26), a partir das 5h, no horário de Brasília, o funeral do Papa Francisco. De acordo com os rituais da Igreja Católica, a escolha do sucessor ocorre entre 15 e 20 dias após a morte do papa anterior. Ou seja, o conclave deve iniciar entre 6 e 11 de maio.
Depois que os cardeais chegam ao Vaticano, o conclave começa com uma missa matinal especial na Basílica de São Pedro. Eles caminham até a Capela Sistina para começar o processo da eleição.
A votação é realizada a portas fechadas, e o sigilo é rigorosamente guardado. A capela é verificada em busca de câmeras e microfones escondidos, e os cardeais não têm permissão para falar sobre os procedimentos com ninguém de fora do grupo. Se o fizerem, podem ser excomungados.
Os votos são manifestados em cédulas de papel distribuídas a cada cardeal, que escreve o nome do candidato escolhido abaixo das palavras em latim “Eligo in Summun Pontificem” (“Eu elejo como pontífice supremo”). Pela regra, os cardeais não podem votar em si próprios e os votos são anônimos.
Quando terminam, cada cardeal – em ordem de senioridade – caminha até um altar para colocar cerimoniosamente sua cédula dobrada em um cálice. Os votos são então contados e o resultado é lido para os cardeais.
Se um cardeal receber dois terços dos votos, ele se torna o novo papa.