Ex-prefeito de Boa Esperança do Sul é acusado de agredir mulher grávida
O ex-prefeito de Boa Esperança do Sul, Fábio Luís de Souza, o Fabião (MDB), é acusado de ter agredido a nora, de 31 anos, com coronhadas de arma de fogo. O crime teria acontecido na noite deste domingo (05), em frente a uma lanchonete, na cidade de Boa Esperança do Sul. O caso foi registrado nesta segunda-feira (06), na delegacia da Polícia Civil.
Segundo informações boletim de ocorrência, a nora do ex-prefeito, que está grávida de 8 meses, estava na lanchonete acompanhada pela mãe, de 48 anos, quando a sogra, esposa do ex-prefeito, chegou no estabelecimento. Por causa de uma desavença anterior – elas já teriam partido para as vias de fato dentro de um hospital, há cerca de três meses – a sogra teria dito: “Só não mato essa desgraçada porque ela está grávida”.
A mãe da gestante teria tentado defender a filha e desferiu “tapas” contra a mulher do ex-prefeito, que revidou as agressões. Avisado do ocorrido, Fábio de Souza, prefeito de Boa Esperança do Sul entre 2017 e 2020, foi até o local e, de acordo com o boletim de ocorrência, ainda de dentro de uma caminhonete, apontou uma arma de fogo contra a agressora da esposa.
Em seguida, ele teria agarrado a nora pelos cabelos “puxando-a para perto da caminhonete, e em seguida desferiu várias coronhadas na cabeça da mesma, com aquela arma de fogo”. Ele teria feito o mesmo contra a mãe da nora.
Logo após, o ex-prefeito deixou o local e as vítimas foram socorridas por testemunhas. De acordo com informações, as duas sofreram cortes na cabeça, foram submetidas a atendimento médico e tiveram os ferimentos suturados.
Ao Portal Morada, Fabião confirmou as agressões, mas nega ter usado arma de fogo. Segundo ele, uma desavença familiar culminou nas agressões depois que a nora e a mãe dela partiram para cima da esposa quando ela estava na lanchonete.
“Minha esposa foi buscar lanche. Aí a mãe da minha nora pegou minha esposa por trás, agrediu ela e não deixava ela sair da lanchonete. Eu fui lá e só dei uns tapas nas duas, mas não foi nada grave. Isso é briga de família. Machucaram minha mulher antes”, afirmou.
Sobre os ferimentos sofridos pelas vítimas, ele disse que, para se defender, acabou batendo a cabeça da nora contra a porta da caminhonete e que não fez uso de arma de fogo, conforme alegam mãe e filha.
Ao delegado, no entanto, as vítimas descreveram o revólver como “uma arma preta, de cabo marrom”. A Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, teria sido informada pelo filho do ex-prefeito, que é casado com uma das vítimas, que o pai é CAC – sigla usada para categorizar Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador – e que, por isso, possuía arma de fogo na sua residência.
O caso foi registrado pela Polícia Civil e será investigado.
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