Central de Ambulâncias: Myrella questiona falta de chefia no setor e expõe pacientes esquecidos em Bauru; Pegoraro denuncia motoristas viajando sem alimentação

Central de Ambulâncias: Myrella questiona falta de chefia no setor e expõe pacientes esquecidos em Bauru; Pegoraro denuncia motoristas viajando sem alimentação

Problemas internos na Central de Ambulâncias voltaram a ser assunto na última sessão ordinária por meio de um requerimento redigido pela vereadora Myrella Soares (União Brasil). A nobre pediu informações à Diretoria Municipal de Saúde sobre a falta de nomeação de um chefe na Central de Ambulâncias, visto que há meses, o Legislativo aprovou a criação de funções gratificadas em cargos de chefia. 
Para Myrella, a não nomeação de um responsável pelo setor impede que problemas internos da Central de Ambulâncias sejam devidamente solucionados, visto que não há um chefe para questionar ou cobrar soluções. Segundo a vereadora, recentemente, cinco pacientes foram esquecidos na cidade de Bauru, por exemplo.

“A Central de Ambulâncias sempre é motivo de reclamação por conta dos munícipes. O requerimento busca trazer transparência na Lei das Gratificações, na qual pessoas em cargo de chefia têm funções gratificadas. Mesmo existindo a lei, o cargo e a possibilidade de nomeação, está praticamente três meses sem a devida nomeação. Qual o motivo dessa não nomeação? Qual é o impedimento? Aprovamos uma lei que não está sendo colocada em prática. Vai ficar um cargo vago, obsoleto. Esperamos que alguém seja nomeado o quanto antes para que se responsabilize pelo trabalho”, comentou a vereadora


O presidente da Câmara, Airton Pegoraro (Avante) fez coro ao discurso de Myrella sobre falhas no setor causadas pela falta de uma nomeação de chefia. Pegoraro, inclusive, disse ter recebido denúncias de que os pagamentos das diárias dos motoristas estariam atrasados. Com isso, os servidores estariam viajando para fora da cidade sem dinheiro para as refeições. 

“A Central de Ambulâncias é um lugar problemático. Estive lá porque tive reclamações de motoristas que foram para Botucatu sem dinheiro de alimentação. Isso não é o tipo de economia que a gente espera; é inadmissível. Os motoristas que trabalham na Saúde trabalham sobrecarregados, em uma carga horária muito acima do indicado. Uma pessoa dessa, trabalhando numa carga horária alta e sem se alimentar, pode colocar em risco as pessoas que estão transportando. Não é todo mundo que tem dinheiro no bolso sobrando para pagar a alimentação e eles esperam essa diária para poder se alimentar. Isso jamais pode ocorrer; o motorista não pode sair daqui sem diária. Talvez seja até uma orientação do sindicato que eles não saiam daqui se não tiver como se alimentar, porque nessa condição, os motoristas posem até e colocar em risco a vida de outras pessoas”, alegou Pegoraro.


Nossa reportagem entrou em contato com o presidente da Câmara nesta semana, questionando se havia atualização sobre o caso. Pegoraro disse que a Diretora Municipal de Saúde, Irene Chagas, garantiu que os pagamentos das diárias dos motoristas passaram a ser regularizados quarta-feira passada (22).